quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Jogos de Azar

por @desejosocultos


Hoje vamos falar de jogos de amor ou, se preferir, jogos de azar. Sim, porque conheço pessoas que estão jogando há anos nos relacionamentos e, até agora, mais perderam do que ganharam com isso. E pior: não se deram conta de que jogar vicia e de que, mais do que dinheiro, estão perdendo sua dignidade.

Quem disse que uma pessoa interessada em outra não pode manifestar esse interesse? Como assim o xeque-mate é proibido? Desde quando um jogador que foca mais no comportamento dos outros jogadores do que no seu objetivo final venceu uma partida? Os bons jogadores que eu conheço atacam, não recuam. Esses são vencedores. Claro que fazem isso de maneira coerente, tem um ritmo, um movimento certo, um momento ideal de tomar determinada atitude. Mas uma coisa é certa: eles não fogem da dividida.

Por isso, fico bastante incomodada ao ver dicas como “nunca ligue”, “banque sempre a difícil”, “cumprimente-o como se ele fosse outro cara qualquer”. Qual é o cara que vai se sentir valorizado assim? Assim como nós, eles também precisam de sinais para entender qual deverá ser a sua próxima jogada. Se você mostrar cartão vermelho toda vez que ele se aproximar, ou ele vai entender que é carta fora do seu baralho ou você será carta fora do baralho dele rapidinho.

Portanto, se você acha mesmo que isso tudo é um jogo, valorize o seu adversário, mostre pra ele o quanto ele é bom e vencê-lo terá outro sabor. Que ironia, né? No fim, ser autêntico, transparente e verdadeiro é que é apostar todas as fichas e deixar os dados rolarem.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Solidão a dois

Por @Desejos Ocultos

Estar sozinho não é tarefa fácil, eu sei. Não ter aquele amigo de fé com quem escolher o sabor da pizza, a família por perto para dar conselhos sobre a nossa vida ou um amor com quem dividir a cama e os planos de vida todas as noites é como viver sem sentir-se completo. Mas você já pensou em como é se sentir sozinho?

Existem pessoas que tem tudo: um emprego em que trabalham oito horas por dia e ganham bem, uma casa na praia de frente pro mar, uma agenda cheia de compromissos sociais e até uma família de propaganda de margarina e, mesmo assim, convivem com esse sentimento. Acredite: com algumas delas você se depara no seu dia-a-dia. Sei disso porque são fáceis de identificar pelo olhar perdido, pelo vazio que carregam, pelo silêncio dentro de si que grita - e que eu ouço.

Sempre tive o costume de prestar atenção nos indivíduos, desde os objetos que carregam – e que revelam grande parte da sua identidade, de seus valores e interesses – até o comportamento que adotam diante de determinadas situações. Às vezes chego a imaginar uma história inteira de vida para algum motorista preso no trânsito enquanto espero o meu ônibus; noutras, penso que não sou normal ao fazer isso. Em raros casos, tenho vontade de sorrir gratuitamente pra pessoa ou de oferecer-lhe um abraço apertado. Em uma única situação, fiz isso de verdade. E naquele instante nós percebemos que eu tinha despertado um sentimento de vivacidade que estava adormecido há tempo, um verdadeiro agente transformador - se não da vida daquela pessoa, pelo menos do seu dia. A solidão e a amargura tinham se dissipado. Voilá. ” Ufa”, pensei. Deu certo.

Portanto, se algum dia você identificar alguém que se sente sozinho (você precisará ter um senso apurado, porque é muito difícil falar abertamente sobre isso – normalmente essas pessoas agem com naturalidade), ouse mostrar que você a percebe, que participa do seu momento e que agora ela não precisa mais se sentir assim. Afinal, quanto mais se compartilha solidão, mais ela desaparece, dando lugar à plenitude.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Homem-Homem x Homem-Vampiro

Este texto foi escrito por uma jovem amiga que conheci no Twitter sob o nick name de Desejos Ocultos. Estou emprestando o espaço do meu blog para publicar seu primeiro post. Que honra! Gosto muito de suas idéias e admiro a sensibilidade que ela tem para expressar os desejos e sentimentos ocultos da alma feminina.

“Homem não presta” é a frase hit do momento, virou moda nos últimos tempos e tomou uma dimensão maior do que o Rebolation no verão passado. Grande besteira. Aliás, as duas coisas.

O homem não presta porque não liga, porque não manda um SMS ou porque não aparece em um cavalo branco salvando a princesa do seu quarto sem graça e com as paredes cheias de pôsteres do último filme da Saga Crepúsculo. Vem cá, as mulheres querem um homem-homem ou um homem-vampiro, afinal?

Porque os homens-vampiro que conheço são aqueles que nos levam ao nosso limite, que nos fazem perder a cabeça, a naturalidade, o tino. Fazem o nosso sangue ferver e isso os alimenta, os satisfaz. São sedutores, cheirosos, bem vestidos e normalmente os encontramos à noite, sozinhos ou em grupos, à procura de novas vítimas que sucumbam às suas atitudes premeditadas e ao seu falso encanto. Depois de sugarem você, te deixam descansar pra sempre no caixão, porque dali em diante você morreu pra eles. Já não há o que você possa oferecer para sanar sua sede. Então agora aceite: só lhe resta viver a sua sobrevida.

Por outro lado, os poucos homens-homem com quem convivo - e que me fazem feliz - gostam de cerveja, futebol e mulher pelada (ainda bem). Eles tem barba cerrada, preparam um churrasco maravilhoso, contam piadas engraçadas e fazem eu me sentir acolhida e amada, oferecendo um ombro amigo, um conselho de pai, o calor de um namorado. Sim, o jeito muitas vezes rude, estabanado e “Petruchio” de ser é o que realmente me encanta neles, pois são homens mais puros, menos polidos. Arrisco dizer que são inclusive mais ingênuos e, por isso, verdadeiros.

Eles têm instinto protetor, delimitam e dominam seu território, são praticamente selvagens. Estão sempre prontos a defender seus interesses e a afastar qualquer ameaça, porque se revelam fortes e corajosos a cada sinal de perigo, tomando as rédeas da situação e mostrando quem está no comando. E assim conquistam não só o nosso respeito, mas também orgulho e admiração. E você ainda diz que eles não prestam?

Identifico em todos os meus grandes amores- irmãos, amigos, pai e namorado - homens-homem que em nada se assemelham aos homens-vampiro, mas que, por sua postura e atitudes, estão muito próximos dos lobos, prontos a enfrentar quem ousar cruzar o seu caminho.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

O simples, o complicado e o complexo

Há algum tempo venho martelando estas idéias na cabeça desde que um amigo me sugeriu ler "O pensamento complexo", de Humberto Mariotti. Na mesma época, durante os 2 dias de palestras com o Maturana, conheci um jornalista que me disse que eu sou complexa. Aí eu fiquei pensando sobre o que é ser complexo e o que é ser complicado, e se dá prá ser complexo sem ser complicado.

A idéia central do livro é que o pensamento complexo sugere que se integre o pensamento linear-cartesiano com o pensamento sistêmico, onde cada um isoladamente é necessário mas não suficiente para lidarmos com a complexidade, a diversidade e a imprevisibilidade do mundo.

Sobre imprevisibilidade eu andei lendo o Black Swan e na fila está outro título que é "A força do absurdo". Meu marido vive me perguntando porque eu leio essas coisas, mas eu gosto de desafiar o pensamento.

No dia a dia e na convivência com as pessoas até que as teorias são úteis. Um amigo me diz que eu vivo "teorizando", monto equações para tudo e olho a minha vida em quadrantes. Para mim até que é um elogio. Como eu quase nunca me contento com uma resposta óbvia, é quase um vício mental. Só que há dias que a cabeça vira um realejo de tantas coisas e aí vale a máxima "penso logo não durmo". Na verdade eu dormiria melhor se simplificasse algumas coisas mesmo. Se diminuísse o número de variáveis....prá começar o meu trabalho, que é complexo e complicado. Mas isso me diverte.

Outro dia um amigo que não é do mundo das exatas estava com uma complicação danada. Achou meio estranho quando eu pedi as "variáveis do problema" e tentei dar um peso para cada uma. Não é que deu uma clareada? Tá bom que era uma inequação, mas até as inequações têm solução. No final me disse que ele era complexo e complicado, por isso era uma inequação. Já outro sempre me responde: "Isso é soma zero Letícia!!!! Não tem solução!!!!". Eu preciso ler a teoria do absurdo para achar uma resposta a estas afirmações. Engraçado que este mesmo sujeito outro dia foi me explicar como a vida dele anda complicada, desenhou a árvore do problema no guardanapo do bar e saiu com 3 cenários de solução. Ahá te peguei!

Para minha irmã eu fiz um "mapa estratégico" para ela poder escolher o melhor pretendente. Por isso que a qualquer hora era me liga com a famosa frase: "Putz, estou com um problema". Quase nunca é um problemaaaaaa, mas ela acha o máximo receber uma resposta simples disfarçada de complexa. Aliás, aos domingos nós criamos um ritual novo muito divertido. Depois da sobremesa, apesar de todo mundo estar prometendo parar de fumar, minha irmã, minha cunhada e eu nos reunimos no quintal para o Comitê da Meninas, para repassar mapas, estratégias, dar coaching e fazer alinhamento. Obviamente, sempre vem um marido xeretar.

Pensar complexo, linear e sistêmico, já é parte da vida de todos nós. Falar de diversidade é simples, aceitá-la e conviver com ela é complexo. Quando você fica 1 hora na Marginal Pinheiros é simples, descobrir no dia seguinte quantas variáveis tornaram sua vida um inferno é complexo. As questões sociais e ambientais são complexas, e a solução só virá de inteligências múltiplas.

Um almoço de domingo que deveria ser simples pode acabar virando complexo e complicado. Basta fazer o comentário errado para sua mãe, e aí use a teoria do caos!

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Flowers da Vida

Outro dia estava Flowers da Vida e escrevi no meu Facebook :

Sempre reservo um para que as pessoas me supreendam. Pena que algumas utilizem mal este espaço. Mas felizmente eu costumo ter boas surpresas para equilibrar. O certo, se fosse possível, seria não ter expectativas pra se surpreender sempre. (mudo a letra porque não vou por aspas em mim mesma rsrsrs)


E não é que é verdade mesmo? Naquele dia eu estava muito brava mesmo pelo espaço mal utilizado por 2 pessoas no mesmo dia. Ah ninguém merece. O dia terminou no divã e ainda bem que ninguém cruzou na minha frente. Mas nos dias que se seguiram vieram as surpresas. Elas sempre vêm se você deixar que elas aconteçam e prestar bem atenção. Prá quem é ansioso como eu, vive comendo bola.

Lágrimas se transformaram em sorrisos, dei o braço a torcer pra mim mesma que é preciso dar tempo para que as coisas aconteçam. Somos humanos, cada um sabe o tempo das suas emoções. Quando os tempos se desalinham... ai, pode ser um engano tremendo. Aí vem Maturana com o espaço relacional. É preciso dar espaço, entender os tempos.

E surpresas vêm de onde você menos espera. Surpresa não vem só no Kinderovo. E por falar em ovo, Páscoa é renovação e alegria no coração (rimou). Sejamos todos gratos ao presente que é viver e poder se surpreender.



segunda-feira, 29 de março de 2010

Surtos Esportivos

Bastante gente tem me perguntado se eu parei de correr. Não, não parei. Estou dando um tempo nas competições. Sou atleta amadora, mas gosto de fazer tudo bem bonitinho. E neste caso fazer bonitinho é treinar direito. Não está dando tempo de treinar para correr o que eu gostaria de estar correndo para provas.

Meu próximo desafio é correr uma meia maratona (21 Km). E prá isso tem que estar em dia com treinos de distância, reforço muscular... Já corri 18 Km em BH na Volta da Pampulha, mas preciso de um tempo pra encarar estas distâncias mais longas de forma mais consistente. Tá faltando tempo mesmo para treinar melhor. Vamos ver se dá para encarar uma prova em maio. Detalhe que eu disse UMA, não várias. Ando me segurando para não me inscrever num monte de provas. Eu fico me cobrando demais com o que deveria ser diversão.

Enquanto isso eu arrumei outras distrações. Agora estou num surto esportivo de surf-skate-moto. Bom, moto é hobbie, vamos tirar da lista dos esportes porque eu ando bem modestamente, mas toma tempo para me atrever a seguir um grupo sem dar vexame. Ainda não domino a Ninja completamente e de vez em quando ela gosta de me assustar.

Sonho com o surf, mas São Pedro não ajuda. Neste fim de semana comprei uma blusa de manga comprida (de surf, óbvio) prá encarar a água não tão quentinha. Mas a pobre prancha ainda não veio da oficina. Quem sabe na próxima sexta não dou uma escapada? Dá para ir de moto, então faço um 2 em 1.

E o skate? Na verdade chama-se Skane ou Waveboard. É um skate todo modernoso e esquisito que para você andar imita os movimentos do surf. Então ando surfando de Skane no quintal de casa mesmo antes de me atrever a pagar mico no Parque Villa Lobos. Não encanei com o Skane, ele que encanou comigo. Foi amor á primeira vista. Vi o negócio na loja de surf, dei um rolezinho que me convenceu, não era caro, então resolvi comprar um. Faz um bem para a cintura! Eu devo ter um skate de no mínimo uns 25 anos na terceira dimensão da casa da minha mãe, que sempre me ameça de despejar minhas tranqueiras.

Estes são meus surtos esportivos do momento. Muita coisa na agenda, mas minha única obrigação mesmo é ser responsável com a moto. O resto é Just for Fun!!!!

domingo, 28 de março de 2010

Rede Social - um caso prático

Vários dos meus amigos e familiares não entendem bem prá que mesmo eu "perco tempo" no Twitter, Facebook, etc. Primeiro que não é perda de tempo. Faz parte do meu trabalho entender o fenômeno das redes sociais e se eu não estiver nelas não tem como entender. Por outro lado eu curto estar em contato real time com meus amigos. Normalmente não temos tempo de ligar e estar com todos como gostaríamos, mas através da rede a gente consegue estar muito mais próximo das pessoas. Pela rede e pelos micro blogs vêm coisas muito legais e divertidas. Não gasta tempo se você souber usar direito.

Nesta semana fui assistir à conferência da Charlene Li, uma das mentes mais criativas do planeta e especialista em redes sociais. Claro que a conferência tratava de como aplicar este fenômeno que só cresce nos negócios. Vamos lá a um exemplo prático.

Ontem estávamos num restaurante conhecido no Shopping Morumbi comemorando o aniversário da minha cunhada. Eis que o serviço estava péssimo, mas estávamos pondo a conversa em dia, era um sábado de relax e acabou passando batido até a hora que a cerveja que havíamos pedido há mais de 15 minutos não veio e não tinham guardanapos na mesa.

Minha cunhada reclama na hora de forma tão clara e direta que não tem como não entender. Já foi avisando que não ia pagar os 10% de serviço. Depois veio o gerente, e pacientemente meu irmão, meu marido e minha cunhada descrevendo para o gerente da loja o que estava acontecendo. Isso não impediu que o Petit Gateau do Hector viesse com recheio frio. Testando um dos conceitos mais atuais de atendimento ao consumidor, enquanto os 3 estavam lá explicando e debatendo, em menos de 2 minutos já estava no Twitter e no Facebook que eu estava lá, a comida até que boa mas o atendimento péssimo. Pronto! E mais de 300 pessoas ficam sabendo em segundos, inclusive eles.

A questão é que quem tem usado bem as redes monitora o problema antes que ele chegue como reclamação e pode ser pró ativo em servir melhor o cliente. Se alguém estivesse monitorando a rede poderia ter se antecipado em reparar o serviço e a pisada de bola antes do atendente vir com cara de cachorro trazer a conta sem cobrar o serviço. Há um aplicativo que localiza onde você está e com quem está. Se alguns dos meus amigos estivesse conectado e dentro do Shopping já teria desistido de ir no mesmo restaurante. Provavelmente foi o que aconteceu. Surpresos??? Não! Conectividade!

Claro que falar ao vivo é muito bom e dar o feedback construtivo é melhor do que sair detonando a marca. Mas isso se você gosta da marca. O que eles vão fazer com a informação é problema deles, espero que melhorem o serviço de fato. Basta saber que pela teoria antiga 1 cliente descontente reproduz a experiência para mais de 10 pessoas pelo menos. Ontem eu reproduzi para mais de 300 em 2 minutos. Mas este é só um exemplo simples de como o mundo está caminhando e 24 horas para responder o cliente já é muito.

Muito mais foi dito na conferência com exemplos super interessantes e também a discussão, para mim sem sentido por vários motivos, se as empresas devem liberar o acesso às redes sociais nas empresas. Claro que sim, sem dúvida. Se fica proibido por computador usa-se o celular oras! As pessoas tweetan de dentro do carro reclamando do transito, da chuva, querendo compania e solidariedade nestes dias chuvosos e de trânsito infernal.

É muita exposição, me dizem alguns. Depende. Ela é boa quando você coloca o limite. O comportamento que está por trás me fascina. Qualquer pessoa hoje me acha, sabe o que eu penso sobre algumas coisas e sobre meus interesses. Eu adoro conhecer gente nova, conversar, trocar idéias, escrever coisas nada a ver e também sobre interesses do trabalho, compartilhar poesias, músicas, fotos e tudo que é possível. De alguma forma, estar presente na vida dos meus amigos e da parte mais conectada da família. Gente interessante e que eu não conheço "me adiciona", e mais de uma vez boas oportunidade de negócios vieram por estes canais. Até convite para reality show, mas aí já é demais né?!

quarta-feira, 17 de março de 2010

Biologia Cultural

Esta tem sido uma semana interessante. Por coincidência emendei 2 cursos diferentes na mesma semana e está sendo legal arejar a cabeça com idéias novas.

Biologia Cultural é um conceito que foi formulado pelo chileno Maturana. Como ele mesmo diz, é um ponto de partida e prefere não falar em definições. Ele e sua companheira de instituto, Jimena, dão a certificação que dura 3 anos. Tem uma turma na Natura fazendo e gostando muito. Em 2 dias passamos pelos temas centrais, que são muito atuais e me fizeram pensar bastante.

O tema central passa por estar inteiro no presente do nosso viver para sermos capazes de enxergar e escutar o outro, abrindo espaços de relação. O passado já foi, o futuro não nos pertence, e estar por inteiro no presente amplia nossa consciência no momento que estamos vivendo.

Me intrigou bastante como eles lidam com a questão das expectativas quanto ao futuro. São criadoras de angústia, primas da exigência. Difícil é viver sem elas, mas racionalmente, é mesmo doideira esperar sobre algo que não tenho capacidade de agir sobre. Deram como exemplo a expectativa dos pais em que os filhos sejam felizes. O quanto isso é penoso para os filhos, num futuro que pertence a eles, sem foco no presente que ainda estão vivendo, não os deixando livres para que as coisas aconteçam espontaneamente. Viver no presente não quer dizer que as coisas vão acontecer de qualquer forma, mas é ter coerência das circunstâncias do que acontece no presente. Estar inteiro significa respeitar-se, não estar culpado, na certeza de que criamos as condições para a unidade deste processo.

Ansiosa como sou, eu fiquei dando voltas em torno disso. Realmente vivo projetando o futuro, me enchendo de ansiedade e da droga da insônia. Estar com o conceito na mente é uma coisa, mas vamos lá trabalhar para que se concretize. E Dá-lhe terapia, agora com o Dr J.

Outro tema interessante é a relação com o outro. O amar acontece no prazer de estarmos juntos na companía, não na expectativa. Amar também é abrir espaço para ouvir o outro. E a emoção que carrego modifica a minha escuta e a forma como o outro me entende. Somos responsáveis pelo que dizemos, mas não pelo que o outro escuta. Intrigante também é saber se nós mesmos nos escutamos, no que se chama solilóquio, o diálogo consigo mesmo, para sermos capazes de escutar o outro. Harmonizar o sentir, o prazer, as emoções é como sintonizar uma música, abrindo espaço para o escutar.

Também refletimos sobre o que conservamos para o nosso viver. Ao conservar
o que é bom para mim, abro espaço para que as coisas mudem. Tão simples como jogar as coisas velhas do armário para abrir espaço para as novas. O presente é um continum de mudança. Quando decido o que quero conservar, tudo mudo em torno desta conservação. Trata-se de ter a plasticidade de dizer sim ou não, quero ou não quero, numa autonomia libertadora.

O papo vai longe, a certificação dura 3 anos, mas a pergunta fundamental e que inicia tudo é: "Onde me dói o meu viver?". Numa cultura de competição e dominação, o que estou conservando para o meu viver?

E fui dormir com estas perguntas, sem ter ainda a resposta para nenhuma delas. Mas é um bom começo.

terça-feira, 16 de março de 2010

O dia que minha vida parou de ser chata


É possível sim imaginar um dia específico em que sua vida parou de ser chata. Fiquei 1 ano triste e na chatice. Há exatamente 1 ano muitas coisas aconteceram, fiquei triste e a vida ficou chata. Neste último ano eu esqueci de ser feliz.

Mas de repente a vida voltou a ficar colorida. A turbulência passou. Pelo menos é o que parece e eu rezo todo dia para que seja verdade. Minha turma de amigos e eu resolvemos passar o Carnaval em Itamambuca/Ubatuba. Uma tremenda discussão para fechar o destino, porque a vontade de estarmos juntos era muita. E com um dos meus irmãos de coração decidimos surfar. Ele ia aprender; eu recordar. Há 20 anos parecia tão fácil....naquelas ondas do Guarujá, sem preocupação nenhuma.

Na véspera, fomos a Paraty, curtimos o carnaval de rua, compramos cachaças das boas (a preço de whisky) e eu, uns charutos cubanos. À noite tomamos uma garrafa inteira em 6, jogamos cartas do jogo da verdade e os não iniciados tiveram uma ressaquinha extra por conta da força do cubano (cubano mesmo: só sendo amigo íntimo para oferecer um charuto de 50 pratas). Mas no dia seguinte, estávamos eu e meu Brother de todas as aventuras, firmes, fortes e de ressaca na primeira aula de surf. Um mico completo. Felizmente, era muito cedo, e ninguém vendo a gente treinando nas pranchas de isopor na areia.

Lá pelas tantas fomos para o mar de verdade, com ondas respeitáveis, e num momento mágico, nós surfamos a mesma onda lado a lado. Neste momento a vida deixou de ser chata e se coloriu novamente. Me arrebentei toda depois, torci o joelho, mas valeu cada segundo. No dia seguinte estava lá de novo, de joelho torcido mesmo, para mais uma aula. Foram dias ensolarados e lindos, com cachoeira, rios, praia, muita DR (discutir a relação) nas pedras, uns prá lá, outros prá cá....Uns prá lá, os que gostam de água e falam sem parar, todos os dias, por qualquer tecnologia, por amor incondicional, segurando uns aos outros. Outros prá cá, os que curtem areia, não se incomodam mais com a dinâmica própria do trio, já entenderam a outra face do que é amor.

Um dia fomos para Trindade, uma praia de tombo, e pobre de mim com um biquini caretinha tomaraquecaia e caiu mesmo. Até que um dos meninos me oferece uma camiseta, só prá poder ficar à vontade para pular ondas juntos, pegar jacaré e correr das ondas imensas prá não ser engolido. Muitas risadas, bobagens, nem a gente entendia muito, mas colocam cores na vida e nas almas que foram machucadas em momentos diferentes no último ano. Literalmente, lavando a alma.

Semanas depois, 10 de março, celebramos o aniversário do BB, o Big Brother, que no ano passado passamos em Juquehí. Somos os mesmos, mas um ano depois estamos muito diferentes. A Trindade, como nos chamamos, continua firme e forte. Mas nós 3 mudamos muito no último ano, e muitas coisas aconteceram. Os 2 garotos e eu, num ano complicado e cheio de tropeços, mas de mãos dadas pela vida, e neste verão, pulando as ondinhas de Trindade. Quem olha não entende muito bem, mas é preciso os olhos do coração para entender porque os amigos são a família que escolhemos.

BB fez aniversário semana passada e comemoramos neste domingo. Desta vez na minha casa, que é casa de todos e ponto de encontro da moçada. É a vez dele de passar pelas provações, mas ele sabe que conta com os outros 2. Pelo caminho pegamos as pedras e juntos vamos construindo um castelo. A piscina finalmente foi inaugurada por uma criança, confirmando que o projeto está certo. E com 3 crianças no meio de adultos bobalhões e barulhentos, planos de mais crianças para povoar a piscina e caçar peixinhos de borracha.

Neste meio tempo entre Ubatuba e o aniversário do BB, realizei um sonho antigo, que era comprar uma moto só para mim. Hector tem a dele, a poderosa Hayabusa, a mais rápida das motos comerciais. Eu comprei uma Ninja 250cc, linda, vermelha, veloz o suficiente para as asas da minha tattoo voarem por aí.

Para minha surpresa, poucos se animaram com a motoca, que apelidei de Ginginha. Todas as nossas motos são batizadas, by the way. Os meninos ficaram preocupados, talvez por ser uma das poucas atividades que não curtimos juntos. Hector diz que o conjunto da obra é intrigante. Uma mulher de asas em cima de uma Ninja vermelha, a moto que povoa o insconsciente coletivo. Putz, que complexo. Sou só eu indo comprar pão na padaria de moto. De qualquer forma, a vida ficou mais colorida com a minha motoca. "Um mimo", como costumo brincar com minhas amigas.

A chatice e a tristeza estão indo embora. Os ventos e as ondas que as levem, porque fiquei muda, sem pensar e ter o que escrever, sem querer molhar o teclado de lágrimas. Tanta coisa mudou e aconteceu em 1 ano....E novas anedotas virão do surf, da moto, da amizade, das pessoas novas que conheci, das surpresas que a vida reserva todos os dias quando abro meus olhos e volto a dizer Bom Dia para a vida!

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Eu, as idéias e o Blackberry

Idéias eu tenho muitas, mas já tive mais. Estudava mais, lia mais, observava mais. Conseguia escrever em tudo quando é canto, teclar nos chats, escrever insights no meu caderninho para escrever no blog depois. Não faltava assunto! Mas andei curta de idéias nos últimos tempos. Sei lá, a inspiração e a vontade de escrever ficaram de lado.

Outro fenômeno são as redes sociais. Estou em todas e não gosto de repetir post. Entao as idéias foram lançadas como fragmentos por aí e não em textos do meu blog. São microtextos no Twitter, 1 frase no MSN ou no Orkut, 1 parágrafo no Facebook....e em cada lugar uma idéia, de um jeito, um pedaço de pensamento.

Aí troquei meu celular podrinho por um turbinado BlackBerry... E tchanan....acesso ilimitado a internet! Pin, Pin, Pin toca o dia inteiro se eu deixar com atualizações de tudo quanto é lado, mais o MSN, e mail, tudo junto misturado. Eu reconfigurei para só tocar o telefone, mas é incrivelmente atraente ver tudo num aparelho só! E aí facilitou entrar em tudo e dar tecladinhas de fragmentos de idéias, bobagens e afins por aí.

De fato já nao replico emails como antes. Se gosto de um lance, publico no Facebook, mando o link no Twitter. É meio confuso de vez em quando, mas rápido, ágil e divertido. Só que não tem espaço para escrever mais do que um parágrafo.

Mas o BlackBerry.... que chique. O meu é igual ao do Obama! E eu vivia sacaneando meu marido com o BlackBerry dele, ameaçando jogar na piscina ou pela janela. Mas ele só usa pra responder emails da empresa. O meu não, tá conectado com tudo e com todos o tempo todo. Tec Tec Tec, até eu me irrito com o barulhinho das unhas no tecladinho. Mas não resisto ler um post ou atualização de status de alguém e nao responder, opinar, replicar. E na mão, de qualquer lugar! Um computadorzinho de mão! Há um tempão que eu não sentava no computador! Só no tecladinho terectectec.

Parece perda de tempo? Não é. Eu sigo pelo Twitter um monte de revistas, empresas, entidades, pensadores. Curto umas besteiras também, mas quem não gosta? O Orkut tá ficando caidinho por falta de diversão e no Facebook tem de tudo e sempre tem novidade. Adoro!

Às vezes não dá tempo de ler tanta coisa legal que aparece. Na sala de espera, no congestionamento, na insônia, não fico mais entediada. E até assuntos que podem parecer banais ficam legais. Um exemplo é a babaquice do BBB. Ontem uma das participantes vazou da casa, só que era uma das rainhas do Twitter. Aí vira curiosidade científica: como é que alguém tão popular na web pode ter mandado tão mal num reallity show? Estou "seguindo" a moça no Twitter pra ver o que acontece. Já detonaran, já adularam, já consolaram. Se ela for esperta capitaliza os 15 minutos de fama. Mais curioso ainda é que ela "causou" por tabela. Pra quem não assiste, a fofa se juntou com um cara que tinha namorada. A namorada se declarou "a corneada" pro Brasil inteiro. Só que como é linda, capitalizou e foi parar no Paparazzo. O bocó que ficou na casa, nem sabe que a Twitteira foi detonado, ele foi tachado de cafajeste e a namorada se deu bem! Esta mistura toda de assuntos é legal demais, mas quem faz os assuntos 'são as pessoas, e eu adoro ficar observando como elas pensam e o que fazem.

Isso mesmo, sou uma xereta de plantão! Só não quero parecer com aqueles Newyorkers que vivem com o celular na mão teclando enquanto andam e se esquecem de olhar as pessoas, a paisagem e perdem os espetáculos da vida. Estes têm a síndrome compulsiva de teclar, sindrome compulsiva de informação e conexão. Aí não! A mente deve estar liberta para coisas novas, ou simplesmente para descansar. O olhar livre e distraído para ver a beleza do mundo, como um arco-iris perfeito que vi hoje à tarde.

Tecnologia é bom e legal, mas encontrar os amigos ao vivo, bater papo, olhar nos olhos, ver a beleza das coisas vivas ainda é muito melhor. Senão, a gente vai escrever sobre o que?

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O Bom é inimigo do ótimo

Adorei este texto que inverte o ditado porpular " o ótimo é inimigo do bom". Aceitar o bom está virando aceitar o péssimo. Para mim, o ótimo tem que ser o parâmetro, mas com os pés no chão. Eu sou uma sofredora em não aceitar o bom e estar sempre atrás do ótimo. O que não pode acontecer é virar cúmplice do ruim ou do péssimo.


"Durante as últimas décadas – antes, portanto, da atual crise justificar todo tipo de abuso – tem prosperado entre nós um desses movimentos que nascem tímidos, crescem, avançam e, quando nos damos conta, assumem o comando e ditam as regras dos nossos negócios e até das nossas vidas.

Um movimento que nasce de um ditado “popular” de origem aparentemente desconhecida (ao menos pra mim), e que vai conquistando espaço na cabeça das pessoas mais conservadoras ou complacentes, vira mantra no discurso de executivos, marqueteiros e publicitários práticos ou cínicos e alcança, por fim, toda a estrutura das nossas vidas e organizações, incluindo sua direção.
Com o tempo, o que era tático passou a ser estratégico, uma iniciativa esporádica e pontual tornou-se, então, uma forma esperta (ou, como preferem alguns, “criativa”) e permanente de viabilização de ações e objetivos previstos nos planejamentos das empresas, passando, por fim, a constituir a própria estratégia e a condicionar, no nascedouro, toda a sua construção: “o ótimo é inimigo do bom”; “o ótimo é inimigo do bom”; “o ótimo…”.

Passou-se, em seguida, a esgarçar todas as fronteiras, a buscar formas sempre mais “criativas” de viabilizar estratégias e ações, a aceitar, sem constrangimento, benefícios discutíveis por custos indiscutíveis, a trocar, enfim, o tal ótimo, aparentemente inútil e “inacessível”, pelo bom, inofensivo, manso e certamente possível. O resultado, embora cantado em verso e prosa, passou a ser apenas um detalhe. Um detalhe.

A partir disso, estimulado pela competitividade crescente e pela busca insaciável de produtividade (“produtividade”!?), o mercado em geral, e o nosso de forma mais particular, condicionou-se a aceitar todo tipo de restrição e toda sorte de pressão no sentido de esquecer, abandonar, sepultar o ótimo. “Precisamos ser criativos!!!” – todos já devem ter ouvido esta frase um dia. Algumas vezes, com certeza, acompanhada do irresistível e prático “afinal, o ótimo é inimigo do bom!”.

Bom… Assim fomos avançando, mercado e sociedade, primeiro aceitando o louvado “bom” em lugar do irritante “ótimo”. Depois, com um empurrão aqui e uma “flexibilizadinha” ali, passamos a aceitar o “regular” no lugar do “bom”, afinal ele também é inimigo do “ótimo” e, ao que parece, tem algum parentesco com o “bom”.

Por fim, afrouxados, “criativos” e algumas vezes ameaçados, acabamos por engolir o “péssimo”, que, cúmplice do “bom” e do “regular”, odeia e despreza o “ótimo” e topa qualquer parada.
Infelizmente, é bem fácil constatar a previsível vitória do tal “bom”, com sua frouxidão, sua complacência e sua inesgotável flexibilidade. Basta olharmos à nossa volta, lermos um jornal ou uma revista, assistirmos à televisão, navegarmos pela internet: aceitamos o péssimo político, cínico e inatingível, com suas péssimas práticas; aceitamos o péssimo jornalista e a péssima relação de seus veículos com a verdade; aceitamos também, é claro, os péssimos publicitários e sua péssima, ineficaz e dispendiosa propaganda; aceitamos inclusive, e, em alguns casos até os cultivamos, os péssimos fregueses, com seu desrespeito cotidiano pelo nosso tempo, pelo nosso trabalho e, claro, pela integridade dos nossos negócios.

Esta lista, aparentemente, não tem fim e pode incluir ainda os péssimos e incensados jogadores de futebol; os péssimos músicos e seus péssimos discos. Você, certamente, também tem sua lista de péssimos. Faça um pequeno esforço. Que tal as dez campanhas “mais” péssimas da história? Não vale propaganda de cerveja. Ou os dez políticos “mais” péssimos do país? As dez músicas, companhias aéreas, agências, restaurantes, filmes, etc.

Mas, lembremos, nós é que construímos tudo isso. Nós é que contribuímos para esta degradação. Todos somos cúmplices. E o que nasceu de um ditado estúpido, repetido estupidamente pelas ruas, estádios, congressos e, claro, empresas, com seus corredores povoados de gente complacente e arrivista, tornou-se uma verdade esmagadora, um sinal dos nossos tempos mesquinhos e desinteressantes, em que desvalorizamos e atacamos uma ótima idéia ou um trabalho ótimo apenas porque eles são os maiores inimigos da nossa enorme preguiça ou, pior, do nosso ilimitado medo.

Assim, creio, está mais do que na hora de começarmos a reverter este péssimo quadro. Que tal invertermos o tal ditado? Que tal repetirmos milhões de vezes, até acreditarmos: “o bom é inimigo do ótimo!”? Será um ótimo começo. Aí, quando você vir alguma coisa “apenas” boa, pense em como seria se ela fosse ótima. Exija um pouco mais. Aceite que ela possa, eventualmente, até custar também um pouco mais, mas exija, insista, que seu resultado também seja um “pouco melhor”, ou que, no mínimo, ele seja realmente bom."


Por Augusto Diegues (presidente da Futura Propaganda)HSM Online

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Para resumir

Estive pensando e pensando em tudo que aconteceu em 2009 e nas famosas promessas para 2010. Mas recebi esta mensagem de uma amiga do Perú em forma de oração que resume tudoo que eu gostaria de dizer.

E a única promessa que farei para 2010 é a de ser feliz!

Señor, Dios, dueño del tiempo y de la eternidad,tuyo es el hoy y el mañana, el pasado y el futuro.Al terminar este año quiero darte graciaspor todo aquello que recibí de TI.
Gracias por la vida y el amor, por las flores,el aire y el sol, por la alegría y el dolor, por cuantofue posible y por lo que no pudo ser.
Te ofrezco cuanto hice en este año, el trabajo quepude realizar y las cosas que pasaron por mis manosy lo que con ellas pude construir.
Te presento a las personas que a lo largo de estos meses amé,las amistades nuevas y los antiguos amores,los más cercanos a mí y los que estén más lejos,los que me dieron su mano y aquellos a los que pude ayudar,con los que compartí la vida, el trabajo,el dolor y la alegría.
Pero también, Señor hoy quiero pedirte perdón,perdón por el tiempo perdido, por el dinero mal gastado,por la palabra inútil y el amor desperdiciado.
Perdón por las obras vacías y por el trabajo mal hecho,y perdón por vivir sin entusiasmo.También por la oración que poco a poco fui aplazandoy que hasta ahora vengo a presentarte.Por todos mis olvidos, descuidos y silenciosnuevamente te pido perdón.En los próximos días iniciaremos un nuevo añoy detengo mi vida ante el nuevo calendarioaún sin estrenar y te presento estos díasque sólo TÚ sabes si llegaré a vivirlos.
Hoy te pido para mí y los míos la paz y la alegría,la fuerza y la prudencia, la claridad y la sabiduría.Quiero vivir cada día con optimismo y bondadllevando a todas partes un corazón llenode comprensión y paz.
Cierra Tú mis oídos a toda falsedad y mis labiosa palabras mentirosas, egoístas, mordaces o hirientes.Abre en cambio mi ser a todo lo que es buenoque mi espíritu se llene sólo de bendicionesy las derrame a mi paso.
Cólmame de bondad y de alegría para que,cuantos conviven conmigo o se acerquen a míencuentren en mi vida un poquito de TI.
Danos un año feliz y enséñanosa repartir felicidad . Amén