segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Não sou feita de açucar!

Definitivamente, não sou feita de açucar. Se fosse, já estaria toda derretida de tanta chuva que eu tomei em Belo Horizonte (Beagá) para correr a Volta da Pampulha.

Meu maior temor, além dos 18 KM, era o calor. Mas a previsão para o fim de semana em Beagá era de MUITA chuva. Não deu outra. Não parou de chover o final de semana inteiro! Tudo bem. Fosse chuva, sol, trovoada eu ia correr de qualquer jeito. Essa foi a primeira vez que eu corri fora de São Paulo, planejei, treinei! É quase tão famosa quanto a São Silvestre com transmissão da Globo, quenianos e atletas de ponta do atletismo brasileiro.

Beagá está linda, bem cuidada, vale a pena estar lá. Gente tão simpática, comida ótima, roupas lindas. O Hector não conhecia...pena que não deu para ver muito por conta da chuva. Mas aproveitamos o tempo livre para dar uma passeada. Não deu para meter o pé na jaca na comida mineira. Em véspera de prova seria um desastre. Mas fomos no Dona Lucinha e, como diriam os mineiros, tirei uma provinha. Até uma cachacinha!

Chega a manhã de domingo e estava uma chuvinha. Há 15 dias atrás tinha corrido no Jockey, debaixo de chuva e na lama, então já era uma sensação conhecida - mais ou menos....Hector tentando ser otimista, dizendo que logo ia passar.

A Lagoa da Pampulha é muito linda. Toda arborizada, com obras arquitetônicas do Niemayer, jardins do Burle Marx e pinturas de Portinari. A Capela de São Francisco é uma obra de arte. Em volta da Lagoa, palecetes lindos, fontes, muitas árvores. Essa é a graça de correr os 18 km em volta da Lagoa, num circuito plano com paisagem linda.

Chegamos e o povão já tinha tomado as 2 pistas da avenida que contorna a Pampulha. Muita gente, clima parecido com a São Silvestre. Gente de todo lado, de todos os estados, atletas internacionais e os melhores do Brasil. Nos esprememos perto de uma grade aberta para eu poder entrar. A estratégia é achar uma brecha, se meter rapidinho no meio do povão logo que a buzina da largada tocar, e seja o que Deus quiser!

Acontece que a Lagoa da Pampulha fica num plano mais baixo e muita água e barro descia pelas ladeiras formando uma enxurrada nas canelas dos corredores. Como eu sempre digo, o primeiro kilometro já dá uma pista do que vai ser a prova toda. Meu tênis durou seco por pouco mais que 200 metros, até sentir a água entrando pelas canelas. Chof Chof Chof. Sempre planejo muito bem minha seleção de músicas no iPod. Comecei com Tim Maia e a ultima musica que escutei foi Beautiful Day, do U2. Logo no Km 3 mais um iPod se foi e pifou (já é o terceiro). Mas o dia era lindo mesmo.

Fiquei P da vida em pensar que ia correr os próximos 15 km sem música. Mas acabou sendo mais legal. Ouvir as baboseiras da galera é uma diversão e acho que curti mais a paisagem, o som da chuva, o chof chof dos meus tênis, a torcida na calçada, as batidas do meu coração.

Algumas pérolas que escutei:
- Na frente da Capela de São Francisco: "Quem já estiver morto que fique aqui para receber a extrema unção!"
- Numa enxurrada: "Fulano, você não queria correr no Rio? Olha aí!"
- "No Km 18 eu vou dar uma esticada. Onde? Até o bar? Não, vou me esticar no chão!"
- "Pessoal, a água é self service!"
- "Se não conseguir correr, pode ir nadando!"

Alguns trechos são emblemáticos:
Km 3: Legal, agora faltam 15, e eu sei fazer!
Km 8 : Putz, ainda faltam 10 Km! Mas isso eu faço moleza até na esteira! (com ar condicionado)
Km 9: Putz, ainda tá na metade!
Km 10: Putz, ainda faltam 8 Km!
Km16: Só faltam os 2 a mais que eu nunca corri!
Km 17: Todo mundo gritando "Tá chegando, tá chegando! É logo ali , bem depois daquela curva!" Bem do jeito mineiro - logo ali era 1 Km.

E no Km 18 a maior festa! Sei lá de onde sai força para disparar no último km. Logo na chegada vi o Hector acenando, tirando fotos, sorrindo como sempre. E como sempre eu dou um beijo nele pela grade logo que o vejo. "Você chegou! Vai lá buscar sua medalha!"

É uma felicidade única. Não dá prá acreditar que acabou, que consegui. Foram pouco mais de 2 horas de muita concentração, cuidado para não enfiar o pé em buraco, escorregar, chuva, vento, lama. Mas valeu cada segundo e me lembro de todos eles, das pessoas, dos aplausos, gente que não me conhecia mas gritava "Parabéns Leticia, vai lá!" porque meu nome estava escrito no número de peito. Povo simpático, muita gente de guarda chuva na calçada torcendo.

Se corria 10, resolvi que podia correr 15. Se corria 15, agora vi que deu para correr 18. E agora... se corri 18, vai dar para correr 21! A próxima é a meia maratona de SP. Minto! A próxima são 2 noites rebolando na Sapucaí!

domingo, 18 de outubro de 2009

Pira

Pira

No feriado da semana passada resolvemos dar um rolê na Busa. Isso quer dizer escolher mais ou menos que rumo tomar. O rumo inicial era São Pedro, onde têm as famosas águas e um hotel escola sensacional. Um pouco antes estava Pira, Piracicaba. São Pedro ficava um pouco mais a frente, mas Pira tem história. Com sinais convenci o Hector a rumar pra Pira.

Pira faz parte dos anos dourados da minha vida. Na faculdade, A UNESP em Araraquara, eu morei com mais 5 meninas, 3 delas eram de Pira e a 4a tinha familia lá. Em alguns meses, eu era quase piracicabana. O sotaque do interior de São Paulo é uma coisa, o de Pi~~raaaa é outra coisa.

Tinha muita gente de Pira na faculdade. Na verdade, tinha pouco paulistano. Na minha classe eu era a única. Prá que alguém ia sair de São Paulo prá estudar em Araraquara??? Porque era muito mais divertido, oras. O lance era entrar na Unicamp (Campinas) ou na Unesp (Araraquara). Graças a Deus minha mãe não lê meu blog pra saber que eu sacaneei o exame da USP.

Um dos eventos mais importantes de qualquer universidade no interior é o Baile do Bicho em maio, quando se comemora também a libertação dos escravos. No meu primeiro Baile do Bicho , um dos meninos mais lindos da Economia que estava no 3o ano, veio dar em cima de mim. Uma verdadeira honra! Mas quando ele abriu a boca.... era de Pira. Veio me paquerar, eu toda orgulhosa de na estréia pegar um gato do 3o ano. Aí vem o lindo, gestos de felino, e diz assim: "B~~~roto, vamos ver as est~~~~~relas?" Eu fui, mas na hora não rolou. Desatei a rir com o sotaque do piracicabano. Ele me deu um fora e me disse que paulistano era tudo babaca mesmo. B-A-B-A-C-A mesmo. Só por causa do sotaque deixei de ficar com um dos caras mais gatos da faculdade! Essa história tem quase 20 anos! AimeuDEus. Ficamos amigos depois, mas ele nunca mais me deu bola. E Eu aprendi a deixar de ser uma babaca paulistana.

Ir para Pira era uma festa. Ficávamos na casa de uma das meninas da república, e nossa maior preocupação era arrumar um gatinho no fim de semana. Just it. E nessas, passávamos tardes preguiçosas na Rua do Porto, beliscando um peixinho e tomando cerveja naquele calorzão. A Rua do Porto já era uma pré-balada. Parecia o Guarujá, com a galera sentada tomando cerveja ou sorteve, e os carros passando e azarando. Paquerar os garotos da Agronomia da EASALQ... ou os mauricinhos da cidade mesmo. Tudo ia parar no Flamboyant, que hoje não existe mais.

Eis que quase 20 anos depois, Hector e eu aterrizamos na Rua do Porto, prá comer um peixinho e tomar umas cervejas. Que caloorrrrrrrrrrrrrrr, Senhoorrrrrrrrrrrrrrrrr. Gente muito simpática e amável, o passeio foi ótimo e me trouxe as melhores lembranças. Pena que eu não tinha o telelefone das meninas à mão para ligar. Mas não vai faltar oportunidade. Ir para Pir~~a é muito gostoso e a cidade é ótima. Hector estava todo feliz em finalmente conhecer "O Rio, de Piracicaba....".

Carcanhar de grrrilo, asa de barrrata, caxarrra de fosfro, zócro, zócro, zócro de rayban. A porrrrteirrrraaa abre, a porrrrteirrrra fecha, nheque nheque nheque. Já que está que fique, XIS VÊ , XIS VÊ de Pirrrracicaba (XV de Piracicaba, o time de futebol). Arco, Tarco i Verva (Alcool, talvo e Agua Velva).

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Estréia da Busa!

Chegou a Busa!



Chegou a Busa!

No churrasco do meu aniversário eis que eu surpreendo uma galera na garagem fazendo um verdadeiro comitê a respeito da nossa moto, a queridíssima Maria Bonita. Motoqueiro tem um esquema parecido com o de mergulhador: só anda em bando. A questão é que a Maria Bonita é uma moto chopper ("tipo Harley") e o resto do bando tem moto esportiva. Até as esposas estavam no tal comitê tentando convencer o Hector a trocar a Maria Bonita. Uma das amigas veio toda entusiasmada: "Leticia, você não tem noção! Moto speed é outra coisa!".

Na prática, quando o bando sai, as motos speed saem voando e a Maria Bonita fica para trás. Tem um motorzão e é raçuda, mas não acelera no ritmo das outras. TRaduzindo, a Maria Bonita vai até 140 Km/h. Uma moto speed começa em 140 km/h e chega nesta velocidade em segundos.

Com 38 anos, olhei bem a Maria Bonita e com todo respeito lhe disse: "Você é moto de tiozinho". Somos jovens demais para ser velhos (com todo respeito) e ter uma moto de tio. A Maria Bonita é para passear....mas nós queremos é voar.

Hector passou semanas namorando a Hayabusa na Internet. Entrava no You Tube, me mostrava os videos, comparava com as motos do pessoal da nossa trupe. Fui conhecer a Busa ao vivo na loja e foi impossível não se apaixonar. Com a baixa do dólar, ter uma Hayabusa tornou-se um sonho possível. Sonho de menino grande do Hector, a Hayabusa Suzuki é a Ferrari das motos.

O nome Hayabusa é a tradução japonesa para Falcão-peregrino, o pássaro que é capaz de velocidades superiores a 320km/h[2] e é, também, o predador natural (talvez não por coincidência) do blackbird (nome atribuído a várias espécies de pássaros), em uma clara referência à CBR 1100XX Super Blackbird pois, quando foi lançada no mercado, em 1999, tomou o título de motocicleta mais rápida do mundo das mãos da Honda. Mas hoje a Hayabusa é a moto comercial mais rápida do mundo, alcançando 130 km/h em míseros 3 segundos. A velocidade máxima registrada no Guiness Gook é de 317 km/hora.

Caaaaaaalma gente! É muito entusiasmo mesmo, mas só os doidos do You Tube ficam tentando passar dos 300 km/h. Isso é coisa pra maluco mesmo e, se for para tentar, deve ser em pista de autódromo, com equipamento adequado e curso de pilotagem. Junto com a Busa, vieram outras demandas como seguro, localizador, equipamentos. Vestir meu Hector, uma criatura modesta de 1,85 e 100Kg num macacão de couro custou uma nota. Outro dia um amigo caiu da moto, e quando o bombeiro foi cortar o macacão para ver os ferimentos ele teve um chilique. Nem se preocupou muito se tinha quebrado algo ou não. Só gritava: Meu macacão não! Cadê meu capacete? Cadê a minha moto? Felizmente só lascou a clavícula.

Fato é que agora sim temos uma moto sensacional que combina com a gente. Modéstia à parte, é preciso uma certa experiência até para estar na garupa de uma máquina dessas. Não me atrevo a pilotar ainda, mas me dá coceira para ter a miniatura dela, uma Kawasaki Ninja. Ainda estou pensando. Um curso de pilotagem em Interlagos deve ser muito divertido. Mas de repente é mais diversão estar na garupa da Busa mesmo.

Pode parecer um contrasenso eu estar escrevendo sobre a Busa logo depois do post da Felicidade Interna Bruta. Testando o conceito, eu sou mais feliz no dia que ando na Busa. Não se trata de TER a Busa, mas de toda a experiência de liberdade e aventura que ela nos proporciona. Sem falar num motivo a mais para encontrar os amigos, inclusive meu Brother. A moto socializa e em cada passeio aparece mais alguém para ir junto, e assim a gangue vai crescendo.

Motoqueiro não precisa de motivo para andar de moto. Sai até para ir entregar pizza se bobear. Às vezes saem só para "acelerar". Nestes passeios eu não vou. Em geral só vão os homens, que andam quase 400 KM num dia, tomam uma cerveja e voltam felizes....e exaustos.

Na estréia da Busa, eu saí toda exibida, só de top, com minhas asinhas de fora. Era um lindo dia de sol e a gente curtiu andar devagar pelo bairro. Qualquer um fica mais bonito em cima daquela moto. Impossível olhar e não dar uma "invejinha branca", da moto, do piloto, da mulher alada ou do conjunto da obra.

Muita gente me pergunta: Você é louca? Não tem medo? Claro que eu tenho medo. Se não tivesse é que seria louca mesmo!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Felicidade Interna Bruta

Susan Andrews esteve na Natura hoje falando sobre o conceito de Felicidade Interna Bruta. Numa palestra emocionante, a encantadora Susan falou sobre um novo conceito de medição de prosperidade: em vez do PIB (Produto Interno Bruto), o FIB (Felicidade Interna Bruta).

A idéia de medir o FIB é originária do Butão. Hoje a ONU está evoluindo o conceito no mundo todo, baseando-se na ciência edônica, que estuda o que é que traz felicidade para o indivíduo. Os estudos científicos passam pelo estudo do nível de cortisol (hormônio do stress), mapeamento cerebral, das expressões da face, questionários, entre outros. E o assunto vem explodindo como ciência principalmente na Europa e Estados Unidos. Na Europa o país mais engajado em estudar o FIB, incluindo economistas, é a FRança.

Os estudos dizem que pessoas com maior FIB têm o sistema imunológico mais forte, são melhores líderes, mais bem sucedidos, mais produtivos, ganham mais, têm melhor auto estima, casamentos mais estáveis e se saem melhor em entrevistas. Do ponto de vista empresarial, são empresas mais rentáveis e com maior valor de suas ações.

Estamos num ponto de mutação, onde as pessoas e o planeta não suportam mais os excessos, a pressão, competição e o stress. Nos USA foi criado um mito de que a felicidade é ter dinheiro - More is better! Este é o mantra americano. Americana, Susan diz que para viver o sonho americano você tem que estar dormindo, porque se tornou um pesadelo. Vimos um gráfico onde os eixos são melhor (felicidade) x mais (materialismo). A curva é ascente e se acentua do nível de sobrevivência, passando pelo conforto e atingindo seu ápice no luxo. Mas a curva começa a declinar a partir do luxo, ponto chamado de "o suficiente". O ponto onde a curva volta a encontrar o eixo é "demais".


A questão é:será que mais é melhor mesmo? Depois do ponto "suficiente" o nível de felicidade não evolui, ao contrário, começa a declinar. Um estudo diz que o nivel de felicidade dos mais ricos da Forbes depois de alguns meses é semelhante aos dos Amish, dos Inuits que vivem em casas de gelo na Groenlandia ou dos Masais africanos, cujas casas são feitas de estrume. O PIB americano cresceu 3 vezes desde a década de 50, mas o FIB declinou em maior velocidade. Bobby Kennedy já criticava o sistema ao dizer que o PIB mede tudo menos o que faz sentido na vida. E não é à toa que 1 em 4 americamos sofrem de depressão, os índices de obesidade são gritantes, sem falar das paródias novaiorquinas de viver num apartamento minúsculo e rezar para que seu vizinho não fale com você.

A explicação deve ser vista como uma esteira rolante: nosso sistema nervoso se adapta e se acostuma. Por quanto tempo mais riqueza mantém a felicidade?

Num questionamento provocante, Susan pergunta: " O que vc preferiria? Ganhar na loteria ou perder as pernas num acidente de carro?". A resposta parece obvia, mas 1 ano depois as pessoas voltaram ao mesmo nível de felicidade. Lembremos do caso do ator Christopher Reeve e de seu acidente com o cavalo. Apesar de todas as limitações provocadas pelo acidente, ele ainda levantou US$ 25 milhoes para pesquisas para céluas tronco.

Existe então um ponto basal (set point) para a felicidade. 50% do nosso humor é genético. Mas boa parte pode ser alterada transformando nossa bioquímica, mobilizada por hormônios e neurotransmissores. A bioquímica está ligada à secreção do cortisol pelas glândula supra-renais. Esta é a epidemia do século! As pessoas mais felizes têm um nível de cortisol 32% inferior.

A depressão está ligada aos níveis de cortisol e as pesquisas científicas seguem por este caminho. O cortisol cria uma sensação tóxica no organismo que afeta a mente. Até agora depressão sempre foi tratada com aumento de serotonina. Os medicamentos que tratam os níveis de cortisol ainda não foram aprovados pelo FDA, mas podemos tentar reduzir seus níveis de forma natural. A Natura também está realizando pesquisas neste sentido. Os métodos naturais passam por técnicas de relaxamento produndo, massagem, toque e respiração adequada (diafragmática). Bastam 30 segundos de concentração e respiração para baixar os níveis de cortisol.

Então, o que é que traz mais felicidade? Conexão e companheirismo, pertencer a um grupo, por exemplo, convivência harmoniosa. A mudança passa pela cooperação, compaixão e amor. O que os economistas de classe Premio Nobel têm discutido é que se o aumento do PIB não aumenta a felicidade, então estamos usando a métrica equivocada. A comparação é entre a habilidade de produzir e consumir versus a felicidade e a satisfação.

Neste sentido a França está indo além do IDH (indice de desenvolvimento humano) e acrescentando outras dimensões subjetivas e materiais para compor o FIB, mas que podem ser medidas estatisticamente.

O modelo sistêmico tem 9 dimensões: padrão de vida, Educação, Saúde, Acesso à cultura, governança (transparência dos lideres), resiliência ecológica, vitalidade comunitária e no centro do sistema o bem estar psicológico.

Por fim, Susan acrecentou que além destas dimensões é preciso manter um senso de missão na vida, isto é, dedicar-se a uma meta maior. Não trabalhar só em prol de si mesmo, mas para a felicidade comum. Com lágrimas nos olhos ela encerrou dizendo que talvez não veja esta transformação na sua vida, mas que desejava aos mais jovens que possam protagonistas deste novo tempo.

Na Natura será formado um grupo piloto para exercício e reflexão deste novo modelo, do qual seguramente eu vou participar. Trabalho numa empresa em constante transformação, e apesar de que ultimamente meu FIB anda reduzido, em parte pelas demandas de trabalho, vou arrumar tempo para fazer parte desta ação. Seja por curiosidade intelectual, já que são estudos econômicos, seja para levar conceito e aumentar o FIB dos meus amigos e familiares.

Para conhecer mais o tema consulte os sites:
http://www.visaofuturo.org.br/
http://www.felicidadeinternabruta.org/

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Milhagem


Domingo corri as 10 milhas da Mizuno, que traduzindo, é uma prova de 16 Km. Sabia que não ia ser moleza porque eu já corri 2 vezes os 15 KM da São Silvestre. Unzinho a mais não ia fazer tanta diferença.


Mas desta vez fez. A motivação foi completamente diferente. Na São Silvestre a euforia e a muvuca do povão te empurram pelo menos por uns 2 kilometros, sem falar na ajudinha que a descida da Consolação dá. Desta vez era um trajeto quase plano e sorte que o tempo estava bom.


Verdade seja dita que eu não treinei lá estas coisas. Eu virei um hamster de academia e a maior parte do tempo eu corro na esteira. Aí vai que é uma beleza, com gatinhos circulando, ar condicionado e TV de 50 polegadas para dar uma animada. Ou na aula de corrida, com as brincadeirinhas do professor e nada com muito compromisso a não ser terminar a aula sem despencar. Também me autosabotei com esta história de fumar um cigarrinho vez ou outra, uma burrice absoluta. Agora com a lei que entra em vigor amanha, nada de cigarro aqui na "firma". Prá fumar só indo lá na Anhanguera, e eu não sou "chapa" de caminhoneiro prá fazer ponto em rodovia. Então essa de fumante ocasional por stress já era.

Na foto da chegada dá para ver a minha animação. Todas as fotos que eu tenho de chegada de prova são vibrantes, mas nesta...quase que me jogo no tapete da contagem

Com isso desisti da meia maratona do Rio. Ainda bem que eu nao tinha comprado passagens e resrvado hotel no Rio. Putz mico que ia ser. Fica para o ano que vem ou tento outra prova desta aqui em Sampa até o fim do ano treinando direito. Como disse meu professor, correr só na esteira perde o tchan. Meu tchan está por aí e tenho que correr atrás dele - literalmente.

Der qualquer forma fiquei feliz em termminar a prova e desafiar meus limites. Dei uma folga nesta semana, mas a verdade mesmo é que o Hector viajou e para não ficar sozinha de bobeira em casa, tive happy hour todos os dias, começando pelo sensacional encontro com o Pantaneiro na segunda. Em breve chegam meus 38 gloriosos anos e me sinto melhor do que nuca. Pode vir que eu te pego!

Bro, o vencedor

Apesar de ser economista e mandar bem em estatística - e acreditar nela com reservas - graças a Deus somos seres humanos e não números da estatística. Contra todas as previsões e estatísticas que mais sentenciavam do que davam esperanças, Bro venceu. O cisne negro voou e espero que para bem longe. A batalha ainda não terminou, ele agarrou as chances que tinha e venceu! A cura virá ao longo do ano e ainda vamos acompanhar por um período, mas ele é guerreiro e Deus é pai. Espero que os resultados positivos da nossa luta seja um exercício de humildade para aqueles que bateram as portas na nossa cara, nos causaram angústia e tristeza.

Novamente aproveito o blog e este post para agradecer à nossa família, amigos antigos, próximos e distantes pelas orações, pensamento positivo e muita fé. Agradeço também aos desconhecidos que oraram por nós, engordando a corrente de gente que pediu aos Céus, seja de que maneira for, pela cura do meu Bro.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Jantar com as estrelas

Não sou de frequentar lugares da moda, mas ontem fui parar num destes onde circulam os famosos. Estava com mais 3 amigas comemorando a promoção de uma delas. Quando eu cheguei a Chandon já estava gelada em cima da mesa. Minhas amigas são chique do "úrtimo".

Além de não frequentar este tipo de lugar - só com elas mesmo - sou a maior nó cega em reconhecer gente famosa. Acho que tenho lido pouco a Contigo ou a Caras no cabeleireiro. No lugar já estavam aboletados o casal Daniele Winits com o marido da propaganda de fraldas Pom Pom. Sei lá eu o que o cara faz, dizem que é apresentador, do que, não sei. Só conheço o cara da propaganda. Passei por eles para ir ao toalete e nem reconheci a Winits com os cabelos desgrenhados e uma roupa que fazia ela parecer com uma salsicha. Vai ver que era o look segunda feira.

Olhando mais adiante estava o ex nadador Xuxa e sentada no bar a eterna Escrava Isaura Lucélia Santos, que´já está tão passadinha que parece que foi escrava a vida toda.

Lá pelas tantas, 2 garrafas de Chandon depois e no meio de muitas risadas, eis que os deuses entram bar adentro. Nada menos do que Rodrigo Santoro, o "Pantaneiro" da novela das 6 (não sei o nome dele mas o sujeito é um espetáculo) e o que deveria ser o manager deles. O ar parou.
Na hora o mulheril já estava todo alvoroçado com a entrada dos moços. Entraram, sentaram no bar e depois saíram para tirar fotos com as fãs, especialmente o Santoro, que já estava bem alegrinho e achava graça de tudo.

Foram sentar lá fora, no frio tadinhos, esperando uma mesa. Detalhe: sentaram-se bem na nossa frente do outro lado do vidro. Estávamos no maior papo cabeça falando de maridos, filhos e congelamento de óvulos "bonitos" para quando der na telha de engravidar, mas a conversa foi pro saco na hora porque simplesmente não dava para parar de olhar a tietagem e o espetáculo de ver os moços tão de perto.

Finalmente entraram, sentaram e fizeram os pedidos. E dá-lhe foto, sorrisinhos do Santoro para a garçonete (tá apelando?). Hoje meia São Paulo acordou com torcicolo de tanto virar a cabeça para olhar. Dei sorte: o Santoro sentou de frente prá mim. Jesus me abana! E nós como umas adolescentes traçando estratégias para esbarrar neles, tirar uma foto, tentar um ângulo para foto de onde estávamos no maior deslumbre.

Num momento o Santoro levanta de vai para o toalete. Uma das meninas, a que foi promovida, foi como um míssel teleguiado atrás. Ela voltou uma eternidade depois contando que os 2 estavam lá lavando as mãos quando ela comenta na maior intimidade que o trabalho dele em Som e Fúria foi ótimo, e ele comenta que talvez não fosse um seriado para povão, e blá blá blá. Claro que tinha que ser promovida, foi a mais esperta mesmo. E dá-lhe torpedos para amigos, irmãos e a parentada contando a novidade.

Terminaram o jantar e nós também. Tá certo que a gente ainda embaçou, pediu sobremesa, tomamos mais umas cervejas (outra Chandon seria a falência). Saímos antes e pedimos os carros para o manobrista. O carro chegou na hora que eles saíram. Abandonamos o carro no meio da rua para fingir fumar um cigarrinho no banco ao lado, esperando que eles fizessem o mesmo. Não fizeram, mas o Santoro voltou do meio da rua para tirar foto com umas meninas. Os outros 2 já estavam no taxi, os carros parados na rua e a babá de uma das meninas ligando insistentemente que o bebê não parava de chorar e pedia que ela voltasse.

Passei mal de tanto rir da nossa tietagem e foi uma comemoração bem divertida. A conta foi salgada, mas valeu cada centavo pelo espetáculo à parte e tantas risadas que demos.

Em tempo, o "Pantaneiro" é o Zeca de Paraíso, interpretado por Eriberto Leão. ESPETACULAR.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Amizade

Eu não costumo repetir post, mas este merece. É a terceira vez que eu publico o texto abaixo, mas vale a pena. Ontem foi dia do amigo e amei poder mandar e receber recadinhos que agredeciam pela nossa amizade. Nós não deveríamos esperar para fazer isso só uma vez por ano, por isso o texto do Vinícius expressa bem o sentido da amizade. A Natura também inaugurou o Natura Conecta, um espaço de relacionamento com seus públicos, onde os colaboradores podem convidar seus amigos para participar. Pouco a pouco vou adicionando todos os meus, que não são poucos! Pelo menos aqueles que eu sei que curtem a Natura.

Recebi este texto da minha querida Alba, que vejo pouco, mas sabe que tem lugar garantido no meu coração.


AMIGOS (Vinicius de Moraes)

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos !
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências ...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo !
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos !
A gente não faz amigos, reconhece-os.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Bro, o valente

Se medicina fosse ciência exata se chamaria engenharia. Bro, é um valente. Escutou um monte de prognósticos horríveis, houve médico que desistiu de trata-lo porque não ia adiantar. A máxima foi aprender como é que funciona uma fila de transplante: você fica sentado esperando piorar até chegar a sua vez. Claro que ninguém faz isso por crueldade. O sistema é assim e o cisne negro faz a festa sobre o céu das nossas vidas.

Mas o Bro é valente. Ele nunca desistiu dele mesmo. Preparou a cabeça, corpo e o espírito para o que ia vir. Sempre disse que o que acontece com os outros não acontece com ele. Sempre teve a certeza de que havia uma saída e batalhou até achar.

Um amigo que teve câncer muito jovem e passou por uma barra sem tamanho disse que se ele tivesse 1 chance é dessa chance mesmo que ele precisa. um primo acrescentou que, para médico, esta 1 chance tem que ser 100% de chance para ele.

Verdade seja dita, ele contrariou todos os prognósticos até agora. No dia em que esperávamos encontra-lo derrubado e desanimado, ele aparece para almoçar vestido com o uniforme de motoqueiro. Foi na General Osório comprar um capacete e depois foi dar um rolezinho de moto. "Acordei bem, prá que ia ficar em casa ?" disse ele para nosso espanto. Acho que ele tem um mecanismo mental de se achar um super herói. Nós dizemos que ele é como o Pica Pau, que nunca sai perdendo e sempre acha jeito prá se safar de qualquer confusão.

Ainda é cedo para cantar vitória e testemunhar para o mundo que cisne negro voa e pode virar um lindo cisne branco. Mas eu definitivamente tenho certeza que o Bro é um super herói.

Eu aproveito o post para agradecer a força, orações e todo apoio que temos recebido de nossa família e nossos amigos nesta jornada.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Thriller

Não acredito que eu vou morrer sem ter ido a um show do Michael Jacksoon. Dias antes eu estava fotografando a estrela dele na Calçada da Fama em Hollywood.

Quando adolescente e nos tempos do ballett toda folga era para ensaiar os passos de Thriller ou Dirty Dancing. Sabia cada passo da coreografia! Como video cassete era artigo de luxo, ter uma fita gravada com o clipe era o máximo dos máximos. E ter uma jaqueta vermelha o mais máximo ainda.

Eu choro pelo Peter Pan da música. Olhando aquela figura frágil dos últimos tempos não dá para imaginar como dali sairia uma voz potente, aquela presença de palco e energia para
dançar coreografias sempre incríveis.

Cause this is thriller
Thriller night
Girl, I can thrill you more
Than any ghoul would ever dare try(
Thriller)(Thriller night)
So let me hold you tight
And share a(Killer, thriller)
HAHAHA AHAHAHAHAHA AHAHAHAHAHA AHAHA

segunda-feira, 29 de junho de 2009

História de blogueiros

Voltamos dos USA e o blog também estava de férias. Na volta, o primeiro dia de trabalho é desafogar a caixa do email e saber o que rolou enquanto estive fora. Desencanei mesmo e agora tenho que pegar no tranco!

Recebi um e mail de uma pessoa que me encontrou através do Linkedin e depois entrou no meu blog Conectia. Achei a mensagem tão legal que vou publicar na íntegra.


Olá Leticia,

Em primeiro lugar deixe-me apresentar, meu nome é Tadeu Souza, e não conhecemos pessoalmente, e até pouco tempo atrás tínhamos em comum apenas o fato de ambos, termos estudado na FIA /USP, cursei MBA Executivo Internacional, e hoje temos em comum o fato de ambos termos um blog.

Você deve estar pensando, e com razão, mas afinal quem é esse cara?, então vamos aos fatos, outro dia estava atualizando meu Linkedin, e no grupo de estudantes da FIA surgiu seu nome, e notei que você trabalha na Natura, uma empresa que admiro muito, principalmente pelas questões de Inovação, e bingo!, você atua na área de inovação da empresa.

Mas não é só isto, notei que você tinha um blog, o CONECTIA, o qual visitei e achei muito legal, pois já vinha há muito tempo ensaiando iniciar um blog, para tratar dos temas da área que atuo, ou seja, Vendas e Marketing, acredite ou não, você simplesmente me inspirou, e tudo foi muito rápido a partir da leitura de seu blog, no último 10/06 até hoje 13/06, quando finalmente postei pela primeira vez.

Veja que coisa louca, esta internet, uma pessoa sem nem mesmo sonhar com a existência da outra, tem um poder de influência muito forte.

Mas você deve ainda estar pensando, mas afinal o que tenho a ver com tudo isto? Acredite, muito, você acabou sendo, sem saber, a madrinha do meu blog.

Como blogueiro iniciante, não resisti, e tive que te contar esta pequena “louca” história, que tenho certeza você deverá compreender.

Se tiver um tempinho, visite o meu blog www.salesdoctors.blogspot.com , será um prazer receber sua visita e eventuais comentários.

Recentemente ouvi de alguém que, “O Blog é o diário do mundo globalizado e conectado, muito diferente do registro secreto e intimista de antigamente: o Blog é público e interativo, como talvez, os escritores quisessem que fossem seus diários, freudianamente deixados para serem descobertos.”

Antes que me esqueça, como me inspirei no seu blog, acabei utilizando o mesmo template, que achei “cool” !

Um abraço,

Tadeu

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Tricô

Na minha lista das coisas mais chatas do mundo eu vou acrescentar aquela cara de goiaba que o atendente da empresa aérea faz quando o seu vôo foi concelado. Ontem eu fui para Florianópolis, e como o avião deveria vir de Porto Alegre, as condições do tempo cancelaram o vôo.

Aí vem aquela saga de negociar outros vôos e horários, e no final tudo deu certo, mas tive que sair de Floripa bem mais tarde do que o previsto. Sento exausta no meu lugar e 2 fofas sentam juntas, tagarelando sem parar desde a sala de embarque. Pensei que elas iam dar um tempo antes da decolagem, mas uma delas solta que "vou tricotar". Penso eu que vão ser mais 50 minutos de fofocas com aquele sotaque irritante não sei de onde, mas a criatura abre uma sacola e puxa 2 agulhas de tricô gordas e enormes, indicando que ela ia tricotar literalmente.

Ela estava no início de um cachecol. Não tinha tricotado mais do que umas 5 carreiras. Filha, são 10 da noite, sossegue por favor, penso eu. Antes de levantar vôo ela já começou a me cutucar com as agulhas e ainda olhar para mim como se eu estivesse incomodando. Estava um frio danado e o espaço, que já é pequeno, ficava menor ainda por conta dos agasalhos enormes que todo mundo estava vestindo. Ou seja, não havia condições de vôo para tricotagem.

A moça não se intimidou. Ficou lá lutando para fazer mais 2 ou 3 carreiras em 50 minutos de vôo, e eu me esquivando das cutucadas. Além do tricô manual, teve a sessão de tricô verbal, porque as 2 não calaram a boca por um segundo sequer. Na hora da aterrizagem, pensei que ela ia ter o bom senso de guardar as agulhas. Desde o acidente da TAM os pilotos arremessam o avião na pista de Congonhas, você leva aquele tranco na hora do pouso e depois fica se segurando na cadeira para não sair voando na frenagem. Eis que na hora do tranco ela errou o ponto e ainda fala alto "Ai, errei, culpa do piloto. Agora vou ter que desmanchar a carreira toda!". Estava vendo a hora que aquela porcaria ia me furar um olho.

Mais uma para a minha coleção, o tricô aéreo realmente existe. Cada um combate o tédio como pode, mas tenha dó!

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Asas que socializam


Finalmente terminei minha tatuagem das asas. Despois de 3 sessões e suar frio em alguns momentos eu gostei muito!


No Ecosssistema da academia as asas já são tema para puxar papo. Descobri que neste ecossistema as pessoas ficam mesmo olhando e reparando umas nas outras, mas na maior parte das vezes acho que não é por maldade. Lógico que rola azaração e comparação, mas há muita curiosidade e qualquer assunto ajuda a dissipar a chatice que é ficar lá sofrendo e suando.


Quando vou com a camisa e minha garrafinha do São Paulo, descubro os Sãopaulinos desesperançados com a Libertadores e com a possibilidade de não levar nada neste ano. Tem um senhor que só treina com uma toalha do São Paulo nas costas (espero que ele lave ou tenha 2) e agora deu para treinar junto comigo para ficar discutindo lances e estratégias. Estava irado com a convocação do Miranda para a seleção. E também deu para ficar me mostrando os outros Sãopaulinos da academia. O Tiozinho é bem interativo.


Ontem foi a estréia das minhas asas completas . É incrível como até o figurino muda, só para as asinhas aparecerem lindas e inteiras. Gente que eu vejo quase todo dia e nunca troco idéia veio falar comigo com umas perguntas....

- No meio das asas tem a cabeça da águia?

- Você não vai pintar de branco e azul? Não, respondo eu, posso ficar parecendo uma galinha.

- Você quer ser um anjo? É, porque tem anjo de todo tipo - respondo que sou dos bonzinhos - Glória a Deus! Era isso que eu queria escutar! Veio do malhador evangélico.

- Podemos revezar o aparelho? Claro, repondo. Me diz uma coisa, há algum motivo para uma asa ser mais escura que a outra? Essa veio de um marombadão que tem "Gracias Avuela" e "Gracias Avuelo" tatuados nos antebraços. Respondo que não tem motivo nenhum, porque eu terminei a tattoo na terça e as cores ainda ficam diferentes até a pele cicatrizar e as cores fixarem. Depois vazei do aparelho porque ele estava todo suado e molhando tudo.

- Uma moça vem do nada e fala que já tinha reparado nas flores lindas da minha perna, mas que não tinha entendido porque eu mudei de estilo com as asas. ?????? Nem pensei nisso!

Fato é que eu percebi que logicamente as pessoas reparam umas nas outras e que o ecossistema da academia também inclui os tatuados. Bom é que neste ambiente os tatuados são admirados e não marginalizados. Em geral, o tatuado faz mais exercício onde está a tatuagem para destacar mais. Até eu mudei meu treino para as asas ficarem mais bonitas. É, porque agora, além de todo o resto que pode cair, as asas estão incluídas na lista. E como as minhas são para cima, mais cuidado ainda (tem gente que tatua asas como se estivessem recolhidas, então se cair, já estavam caídas mesmo).


Tenho uma amiga que tem uma carpa atuada no dorso. Ela engordou e a carpa está se parecendo cada vez mais com uma baleia. E o que eu temia apareceu ontem na minha frente. Uma sujeita com a inscrição "Carpe Diem" tatuada no dorso bem acima da linha do biquini. O significado é lindo, mas o lugar foi infeliz. Mais brega que isso só tatuar "Born to be Wild" perto da virilha. Fazer uma tatuagem no final vira um projeto. Nestes dias frequentando o estúdio vi desenhos lindos e complexos que vão exigir meses de trabalho e paciência.


Eu fiquei feliz e à vontade com minhas asinhas no Ecossistema e também que pessoas com quem eu dificilmente puxaria conversa vieram conversar comigo por curiosidade ou admiração. Conhecer gente nova e ter assunto para diminur o tédio é sempre uma coisa boa.

domingo, 24 de maio de 2009

Cry a Lake, Lakers!





Como já citei mais de uma vez, curtir esportes nos USA é uma das melhores coisas da viagem, seja ao vivo ou numa barra de bar tomando minha Guiness ou a cerveja local. Dei sorte de poder ir nos "play-offs" (semi finais) do Lakers x Rockets, o time de Houston.

Claro que eu tinha que ir! Me custou uma fábula, mas a experiência vale à pena. É uma emoção tremenda para quem curte esportes. Ainda mais basquete, que não é um esporte muito popular no Brasil. Lá todo mundo pára tudo o que está fazendo para ir ao jogo de basquete, baiseball, hockey, futebol americano. O conciérge que parecia o Antonio Bandeiras conseguiu a entrada para mim. Ser cambista antes do jogo não é crime, mas se você for pego comprando na hora aí sim dá rolo. Apesar do preço astronômico valeu demais! É o mesmo que ir num show de rock.

Me enturmei com uma galera que torcia para o Lakers e uns caras me chamaram de Yankee, pode? Mandei de volta um "Junkee, Big Mouth"!!! (boca grande, seu porcaria). Me convidaram para dar uma volta no estádio, comi batatinha frita (pecado mortal) com aquele copão de cerveja. É o máximo o que rola entre os tempos. Aquelas líderes de torcida lindas, o mascote, o narrador do jogo que fica torcendo contra o adversário visitante, as musiquinhas que põem mais emoção nas jogadas e o tanto que a galera vibra. O estádio é impecável, com lanchonetes e uma loja super legal.

Um dia antes eu estava jantando no bar da Fox, que tem telas para todos os lados. Dava para ver 4 jogos ao mesmo tempo, mas escolhi o basquete, porque era o time do Nenê, o Denver, que estava jogando.

Olha eu aí de boné e camiseta do Texas, o time de futebol americano. O Rockets ganhou em casa! Que festão na saída. Cry a Lake, Lakers!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Doeu, mas valeu!



Lembra quando na escola a gente usava compasso e de brincadeira pegava a parte afiada e passava no braço só prá ver o que acontecia? Ou quando você levou um tombo, ficou todo ralado ou então um gato te arranhou? Ou 5 gatos te arranhando de uma vez só?

Agora imagine tudo isso junto durante 3 horas seguidas! Isso foi o que doeu preencher o desenho da minha primeira asa. O resultado ficou incrível e as pluminhas são perfeitas.

Na última meia hora eu quase desisti, porque já estava tudo inflamado e estávamos na fase de preenchimento, que dói mais. Quando menos "carninha" mais dói.

"Isso é coisa prá macho", disse o tatuador. Uma ova! Isso é coisa de mulher! Vi um monte de marmanjo fazendo bico por meia dúzia de risquinhos!

Hoje estou parecendo Nemo, com uma asa só. Na semana que vem eu termino e haja coragem para enfrentar mais 3 horas de pintura.

O escândalo na família continua, especialmente minha mãe. Os amigos curtiram e tem gente que não me conhece direito e fica me entrevistando para saber por quê eu fiz as asas, se penso que sou um anjo e porque tão grandes!

Toda tattoo tem uma história e um motivo. Além da arte do desenho e da curtição de escolher, é a curtição do motivo. Born to be free!

terça-feira, 19 de maio de 2009

Houston, We have a problem!




Legenda das Fotos
Museu da Saúde
Eu, toda me achando com meus óculos enormes de US$10 que cobrem qualquer ruga ou olheira que possam existir. Um óculos desses, batom e blush fazem milagres.


Cheguei no domingo e ainda sobrava um tempinho para ver alguma coisa legal em Houston. Eu adoro passear e mesmo morta de cansada e com fuso horário bagunçado resolvi ir até o Bairro dos Museus. Os Museus ficam entre parques lindos e é um passeio que vale a pena. Fui correndo até o Museu de História Natural, mas não deu para ver muito.

Em Houston já é primavera e o dia fica claro até as 8 da noite. Depois do museu voltei caminhando para "Downtown" (chique falar isso) pelos parques olhando para ver se vinha um taxi. Nó cega eu que não se tocou que era Dia das Mães, Tinha jogo de futebol americano e jogo de beisebol. Ou seja, pouquíssima gente na rua e nada de yellow cab. Andei, andei, despreocupada enquanto a paisagem era bonita. Depois comecei a entrar nos bairros, as ruas enormes desertas, nada de carros muito menos de taxi. Quando me dei conta já estava andando há mais de uma hora e não tinha NADA aberto, foi me dando desespero. Para chegar em Downtown faltavam mais uns 10 Km. De carro é rapidinho, mas andando e ainda com uma sacola de tranqueira na mão não ia dar. Sem falar que as poucas pessoas na rua eram bem estranhas - não estou falando de rico ou pobre, mas de gente bêbada, drogada e mal intencionada. Ainda mais eu com aquela cara de palerma que todo turista tem.

Avistei um posto de gasolina com uma bodega daquelas trash de filme americano. Fui falar com o dono, um indiano, com os olhos já meio como de boneco japonês que vai chorar. Ele ligou para uns 2 amigos, nada. Depois foi um tempão para descolar o numero de Yellow Cab (taxi comum). O cara foi um anjo, e mesmo com o povo cada vez mais esquisito que entrava na bodega ele garantiu que eu ia chegar no hotel, nem que chamasse o 911.

Por fim apareceu um tiozinho, e eu pedi para me deixar num centrinho comercial com restaurantes. Na volta, a mesma coisa, MAS agora eu estava em poder do numero do Yellow Cab. Liguei, já que nem ônibus passava. Do outro lado da linha a fofa me diz que nao aceita meu celular ou o numero do hotel como referência!!! Eu disse que era estrangeira e pedi pelamordedeus para ela mandar um cab e que aceitasse o numero do hotel. A voz devia ser a de boneco japones quando vai chorar, mais os olhos lacrimejantes. Menos mal que aí eu só ia ter que andar uns 5 Km

Depois de uns 5 minutos, um cara para na esquina e chama pelo meu nome. Milagre! Era um africano enorme numa van chamado Val, que jurou que foi a central que o enviou. Peguei taxi com ele mais umas 3 vezes no esquema Rescue Me, Val. Ele morria de rir e não acreditava como eu era azarada de nunca encontrar um taxi.

Durante a semana eu fui colecinando os cartoes dos meus private cab drivers, com preferência para o Val, que despencava de qualquer lugar para vir me buscar.

O que mais vale a pena é conhecer estas pessoas. Todo motorista tem uma história e a maioria é estrangeiro. Adoram o Brasil e falar de futebol e perguntam se o Ronaldo é gordo mesmo. Apesar do cansaço, valeu a pena a conversar e andar de taxi em Houston. Foi diversão garantida!

Fucinho de porco não é tomada


Estive ausente na semana passada porque estava fazendo um curso nos EUA. E aí vem esta coisa toda da gripe suína. A empresa que trabalho determinou incialmente 10 dias em casa, depois passou para 7 e ontem, quando eu já estava trabalhando de pijama e pantufa, vem o comunicado que podia voltar hoje. Como estou ótima, sem ter dado nem um espirro, voltei!

Trabalhar em casa tem suas desvantagens. Parar para fazer almoço nem pensar. Sua família pensa que você não está fazendo nada, a empregada resolve pedir aumento...e o orçamento matricial esperando para ser enviado para o GFA!!! Resumo, trabalhar em casa dá mais trabalho.

Brincadeiras à parte, uma das palestras que eu ouvi foi "Change or Die", do escritor americano Alan Deutschman. Ele disse que o ser humano fica na inércia ou toma decisões erradas por 3 motivos:

Interpretação dos fatos - a forma como interpretamos os fatos e resolvemos não fazer nada.
Medo - mesmo as pessoas inteligentes e racionais travam com medo ou não dão bola prá ele, como no caso dos cardíacos que não mudam o estilo de vida ou mudam com medo de morrer.
Força - alguém superior não te permite fazer o que você quer.
As razões são que o cérebro processa pedaços de informação, e se a conclusão causa dor, o cérebro nos leva à negação, que é a proteção natural contra o sofrimento. Por isso não mudamos, ficamos na inércia... or die.

Para mudar é preciso mudar o modelo mental, aprender sempre e ver as coisas desde o rascunho. Rever nossos parâmetros e nosso modelo mental nos mobiliza à ação. Então Change or Die!

Bom, tudo isso foi para ficar com a maior dúvida se, no caso da Gripe Suína, a história de usar máscaras e ficar de quarentena na volta era o caminho certo nos protegendo, ou, se achar tudo isso um exagero era a proteção do cérebro com a negação.

Fiquei com este dilema desde o embarque quando NINGUÈM estava de máscara, e chegando lá todo mundo me dizia que era um exagero e curtia uma com a minha cara quando eu disse que comprei 1 caixa de máscaras. Ah, e que a imprensa brasileira estava com falta de assunto.

Meu dilema acabou ontem com a notificação da Natura de que se eu estivesse saudável poderia voltar ao trabalho. Exagero ou Negação? Melhor prevenir que remediar, certo? De qualquer forma é bom trabalhar no meu lugar, sem o barulho do aspirador, latido do cachorro e ficar de pijama o dia todo sem almoço legal. E sem gripe! Oinc Oinc Oinc

terça-feira, 12 de maio de 2009

I'm Houston

1) A paranoia da gripe palmeirense: NINGUEM esta dando bola pra isso. Nem na Cia aerea, em lugar nenhum. Deve ser coisa da CNN para ter nais rating, Ninguem ta' pagando este mico e eu comprei uma caixa com 50! Vou usar para limpar os moveis na volta. Blewrgh que mico

2) Amei Houston! Como sempre, o melhor e' aterrizar num bar, pedir uma Guiness e ver os esportes, Por falar nisso, hoje me senti a Pretty Woman chamando o Barney para resolver "questoes". Uma questao e' que na quinta feira ten a semi final da NBA Lakers x Rockets, o time daqui, IMPERDIVEL. Ai' pedi para o " concierge" descolar o ingresso. Detalhe: o concierge se chama Fernando - ou portugues, ou brasileiro ou latino - no caso Venezuelano. Lindo, parece o Antonio Bandeiras. E me descolou o ingresso. E da'-le franjinha e ginga hein?

3)O mais punk aqui em Houstohn eh conseguir un taxi, Se'rio, ontem eu andei umns 10 Km, e depois conto esta pe'rola, Mas nao tem gente andando a pe' na rua e agora eu tenho meus private drivers - o meu preferido e' um africano que ja' se ligiu que eu s'o me meto em roubada.

4) O curso e' sensacional e adorei o prieiro dia. Conclusao: E' dificil mas nao eh inpossivel

5) Ja' no prieiro dia conheci o unico brasileiro do curso, que estava na minha classe. Veio para ca' com a mae, que eh descoladesima e ja' sabia todos os esquemas. Depois da aula fomos na Best Buy, onde eu fiz um estrago (ui)
- fui de carona
- fiquei mais de 1 hora na loja e eles nao compraram NADA
- com o estrago, fui na loja ao lado e comprei uma mala
- o mocinho carregou e a mommy me trouxe de volta para o hotel!

Tomara que eles mudem para este hotel porque parece que eu conheco a Sra Mae desde sempre. E vai ser divertido ter compania para ir no jogo na quinta, jantar, fazer coisas divertidas.

Espero que a firma revogue esta bobagem de deixar quenm viaja aos USA 10 dias de quarentena. Aki eles nao estao nem ahi' e nao tem ninguem tossindo ou espirrando. Dizem que no Brasil vai ser de 3 dias. Nada contra ficar trabalhando em casa de pijama, mas que saco.

Well Manuel, Houston eh um lugar e tanto e jah tenho das minhas. Fica pra outra hora que agora pq a internet gratis jah acabou

See you guys!

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Esse Blog tá chique mesmo




Vejam só que chique! Meu Let´s Go!!! Está participando do concurso Top Blog!!!

terça-feira, 28 de abril de 2009

A verdade por trás do look


Terça feira apareci de look novo na Natura, de franjinha repicada, loook fresh....parece que agradou. mas vou contar a verdade por trás do look.

Com o lance da moto, não existe cabelo bonito depois que você tira o capacete. Aquela cena da loira tirando o capacete e esvoaçando o cabelo é coisa de comercial de cerveja. Quem anda de moto vive amassado, poeirento e com cheiro de fumaça.

Aí eu impliquei com a frannja que ficava toda descabelada e resolvi dar um "jeitinho". Peguei a tesoura da cozinha - aquela de abrir pacote - e dei uma "aparadinha". Enquanto eu estava de capacete e o peso do acessório alisou a franjinha, beleza. Uma certa desarrumação faz parte do look "Born to be Wild" dos motoqueiros. O problema foi lavar e vir trabalhar com o look mocinha na segunda feira.

Inspirada pelo CQC, minha franja ficou parecendo a do Bozo. Buáááá !!! Nem quando eu era criança eu fiz uma bobagem dessas.

Aí, Thanks God, um cabeleireiro dos bons do meu bairro, que não só abre o salão de segunda feira como também fica aberto até as 22:00 hs, se prontificou a dar um jeito.

E hoje, como se nada tivesse acontecido, apareci de look todo novo, com o cabelo todo repicado e outros truques de tesouras e escovas profissionais usados para consertar meu deslize.

A Leti adverte: CORTAR OS CABELOS É COISA DE PROFISSIONAL. NãO TENTE REPETIR ISSO EM CASA!!!!!

By the way, eu não gosto deste look. Prefiro a franja mais comprida e cheia para o lado, e o cabelo mais zoado atrás com as "soft curls", como diria a Lud. É o meu look Orkut de 1 ano atrás! Desde que fui para a terra do meu pai nunca mais minhas curls ficaram soft!

Born to be Free


Vou chegando aos meus quarentinha (chegando, veja bem, ainda faltam uns bons anos) e do alto da minha independência emocional, financeira, etc, me permito fazer o que sempre quis fazer: ter a moto, fazer tatuagem, cortar o cabelo com tesoura e ficar péssimo, viajar prá onde quiser....

Pois é, nessas eu fiz minha segunda tattoo e a frase "Born to be Free" está estampada bem no meio das costas. A Tattoo ainda nao está terminada. Ainda falta pintar e cicatrizar o desenho primeiro. Doóóóóóíiiiiiii, mas vai ficar legal.

Mas a frase não é para ser rebelde com pais, autoridades, marido, etc... Nós mesmos nos colocamos entraves e nos autosabotamos para não fazer um monte de coisas. Na nossa cabeça nós criamos as fantasias de por quê não faço isso ou aquilo, ou o medo de ser julgado e não segurar o BO despois, ou ser discriminado. Cada vez mais eu falo o que penso, tento ser autêntica e sou irreverente. Essa sou sou e isso está ficando cada vez mais marcante com o passar dos anos. Ás vezes eu quebro a cara e poderia ter ficado de boca fechada, mas... CQC, Custe o que Custar.

Ler Born to be Free nas minhas costas é um recadinho para mim mesma.

Meus irmãos ficaram escandalizados e não gostaram de eu ter feito outra grande nas costas. E quando você ficar velha? Vou ficar uma velha de asas, ora. Não vou ser velha NUNCA, vou ser jovem há mais tempo. E tenho gente bem amada perto de mim que já é assim. Já comentei sobre a irreverência e as características da minha linhagem. Até minhas tias postiças são um pouquinho crazy. O que tem de mal uma tatto grandona nas costas? Tem de mal que se eu dar bola para quem fala putz, tatuada, motoqueira, mexe com estas paradas de tecnologia, detona o cabelo com tesoura de frango (depois eu conto essa), vai prá África sozinha, corre maratona... que chatice.

A tattoo vai ficar bem linda. Não vou parecer uma galinha voadora, mas quero estar mais perto dos anjos. O cara que me tatuou é um artista e gosta do estilo realista. Vai custar tempo e uma dorzinha suportável para terminar e pintar minhas asinhas. Mas eu adoro ter o que ninguém tem e fazer o que ninguém faz. Vai ver que é por isso que eu só escolho trabalhos empepinados, complexos, situações inusitadas e complexas.
Essa sou eu, e não adianta querer consertar! Se não, eu ia perder a graça, e você não estaria lendo este texto.

Espantando o Black Swan



Temos feito passeios ótimos e deliciosos com nossas motocas. O último foi para São Roque e dá para conferir as fotos no link abaixo.

Na turma estamos Hector, Eu, Dra Cunha, o Brou e um casal de amigos. Acho que todas as motocas juntas, a força do amor e da amizade, mais as cilindradas da máquina têm ajudado a espantar o bicho. Em parte, consciente ou inconscientemente, compramos a moto para podermos ficar mais perto do Brou. Normalmente a gente não iria fazer um passeio de andar de teteférico, tobogã e tomar vento na cara na Castello. Mas foi um dia abençoado e iluminado, em que nós pudemos esquecer que muita coisa dura vem pela frente, mas que a gente joga no time que está ganhando. Só falta a Sissy arrumar um novo namorado motoqueiro também, se bem que ela curte uma bola e uma preguicinha.

Temos tido momentos belos e de felicidade, e é isso que importa. Se cuida Black Swan, porque no Brasil a lei ambiental não te garante! RuáRuáRuá

Veja as fotos aqui!

terça-feira, 21 de abril de 2009

Estréia das minhas flores


Fiz minha Tattoo!!!

Adorei! Toda a experiência em ficar pesquisando desenhos, lugares para tatuar, aqueles conflitos internos do tipo: vou ficar velha e a tattoo vai ficar. Foi uma curtição total, apesar do medão.


Eu fui fazer minha tattoo no Leds, que deve ser o Pitangui dos tatuadores. É muito legal ficar discutindo sobre os detalhes porque cada desenho é único e o tatuador-artista quer mais é que você fique feliz.


Quando terminou ele me disse que eu já posso ir para o céu dos tatuados. Achei graça.


No dia da tattoo eu e o Berg cumprimos 10 anos de casados e na gora me deu vontade de fazer uma homenagem para era. No desenho tinha umas fitas e pedi para o Dpuglas tatuar Baby 4 Ever. Hector sempre diz que a gente tá ficando velho e que esse apelido em algum tempo (em breve) vai ficar ridículo. Ah, Baby é no genérico. Eu sou Baby, meus filhos serão Baby. Sei lá. O fato é que o único Baby 4 Ever da minha vida que merece uma tatuagem é o meu Hector, e 10 anos depois eu o continuo surpeendendo.


Foi legal que quando acabam eles passam um papel filme para proteger durante as 3 próximas horas. Fui para o Shopping comprar a produção para a noite do aniversário e mais umas milhares de coisas que eu queria ( perdi metade do guarda roupa por emagrecer 1 arroba). E também o presente do Herctor.


Quando chegamos em casa ele estava morrendo de curiosidade para ver a tattoo. Aí eu disse para ele desembrulhar o primeiro presente. E ficou todo babão com o "Baby 4 Ever"


Depois de trocarmos nossos presentes, eu coloquei um vestido que dava para ver meu signo ascendente, obviamente por causa da tattoo e obviamente porque modéistia à parte, agora eu tô podendo, e é bom mostrar a vantagem competitiva das pernas bronzeadas, malhadas e tatuadas com Baby 4 Ever (ai que babaca, mas eu amei).


Segue o vídeo com a tattoo



E vou fazer outra. Só uma dica: no Brasil NINGUÉM tem uma igual a que eu quero fazer.


Semana das Estréias

Além da estréia da Maria Bonita, na noite do show do B 52 eu tive os meus 15 segundos de fama e fui entrevistada pelo abelhudo do Felipe Andreoli do programa CQC da Band.

Estávamos Dra Cunha (a mulher do meu irmão) e eu olhando um quiosque de camisetas e pirulitos grátis, quando o engraçadinho chega na Dra Cunha (que é loira) e lê a frase da camiseta em tom de pergunta: "estou a dois passos do paraíso?". Ela olhou prá ele com uma cara bem sem graça, ainda mais quando viu um microfone na cara. Saiu de fininho. Eu peguei a deixa e continuei cantando a música (que eles editaram) só que troquei a letra: "Talvez VOCÊ fique, VOCÊ fique por lá". Na edição apareci em com um copo de cerveja na mão como se estivesse Ben Jhonson tomando todas.

Momento seguinte, o Andreoli me pergunta se eu já tinha engasgado com bala soft. Eu disse que não, só com aquele pozinho do pirulito Dipilique que deixava a língua colorida. Depois ele falou não sei mais o que sobre virgindade e eu disse que eu não gostei dos anos 80 porque eu era muito feia. No meio disso, ainda perguntei para ele se não era de começar o show porque já eram 5 e 60 ( a velha piadinha da hora do Bozo). Na edição eu saí toda zoada e o Andreoli com cara de Bozo.

Foi legar participar e depois vi meu irmão, a Dra Cunha e o Hector escandalizados porque eu estava dando trela para o CQC, e que eles iam me zoar, e que eu era uma xarope mesmo. Meu irmão já estava indignado com a minha tattoo, falando de cantinho com o Hector que eu ia ser marginalizada e isso era coisa de maloqueiro. É que eu quero fazer outra e ele não se conforma, mesmo sabendo que o Hector adorou.

Mas o mais interessante é que eu fiquei observando o Andreoli depois e JURO, ele roubou minha piada da bala e do Dipilique!!!!! Eu saí como última entrevistada na edição do bloco e logo depois entraram para o camarim do B52, mas é verdade verdadeira! Ele bafou minha piadinha do Dipilique e a deixa do Bozo.

Eu não gosto do CQC desde o começo. Não é péssimo como Caceta e Planeta ou Pânico, mas enchem o saco e são sem graça. Mas roubar piadinhas ????? Que bom que ele me roubou não só a piada do pirulito como depois se ligou do Bozo.

Pena que não consegui gravar nem puxar no you tube o video da entrevista, mas tive meus 15 segundos de fama.

O Show foi mais ou menos. É sempre um problema quando você vai com pique de adolescente em show de velho (e muita bicha velha, nada contra eles, é que às vezes eles pensam que são do Menudo)

E só prá terminar, eu sempre digo que o mundo é pequeno e mal frequentado. Depois do show a gente foi comer numa temakeria, e o Hector implicando com meu cigarro. Nossa vez chegou e ele e o meu irmão foram prá dentro enquanto eu e a Dra Cunha terminávamos nossas baforadas.

Me aparecem do além 2 meninas prá lá de vulgares com um chaveiro de abelha enorme pendurado na calça, uma roupa vuulgar, falando fofo e já caindo no meu irmão tomando vinho pelo gargalo. Era surreal e a dra Cunha não gostou obviamente. E nem eu, porque o Hector foi lá amparar a baranga que mal se aguentava nas tamancas de liquidação. Eu comentei que em outros lugares você até pode levar sua bebida, mas o restaurante cobra a rolha.

- Não, não, "magina", a gente esconde a garrafa debaixo da mesa e o dono do restaurante é nosso amiguinho.

Papo vai, papo vem, olho bem e solto que já que elas nãoo estavam fazendo nada que por favor nos dessem 2 cigarros, porque nossos maridos já estavam dentro do restaurante implicando.
- Vocês são muito novas para serem casadas!!!!!
- Nossa, vocês parecem ter uns 32 no máximo!!!!
- Ah, é que eu trabalho na Natura, por isso estou bem conservada, disse eu. Tenho 37 anos.

Aí a Loura do vinho chapinha me solta essa:
- Eu trabalho na Avon, a Company for Women
- Bem Estar Bem minha filha, respondo eu

E lá fomos nós comer nosso temaki indignagas com tanta falta de classe!!!!

Mas em noite de estréia tem de tudo, certo? Custe o Que Custar (CQC)

domingo, 12 de abril de 2009

A estréia da Maria Bonita

Maria Bonita é nossa moto nova. Todos nossos carros e nossas motos '~ao batizados. Lembro da minha Tia E que tinha um Fuca chamado Mariano.

Em anexo está o video de estréia da nossa Maria Bonita. Santa Semana Santa! Demos um passeio em Sampa e para po Guarú (básico estrear veículo na Imigrantes).
Já curtimos um montão e aí vai uma amostra do que é ser motoqueiro em Sampa. Dá frio na barriga, mas é liberdade pura. Born to be Free!


http://www.youtube.com/watch?v=TCltdlFPwyw

terça-feira, 7 de abril de 2009



Eu passo dias sem escrever e de repente dá uma verborragia.


Ando chata, nem eu me aguento, mas depois do piriri da sexta feira resolvi que a vida é curta demais prá ficar no PS horas vendo desenho animado com soro no braço. Eu sofro demais e sou 100% coração quando o assunto é família. Eu viro uma leoa, e não tem jeito, sou assim. O que vou tratar de fazer é fazer mais as coisas que eu gosto.





Com a graça de Deus eu fiz 100% da minha meta e a firrrrma me recompensou bem. Desejo antigo, compramos nossa moto. L-I-N-D-A, sensacional, maravilhosa, 1500 cilindradas de pura emoção. Toda moto nossa tem nome. A última chamava-se Chabucona. Essa vai se chamar Maria Bonita. Não é panetone, mas ela vem cheia de coisinhas. Não é Ave Maria, mas é cheia de graça.

A moto nem chegou ainda, mas já tratei do meu figurino novo. Não tô nem aí de usar uniforme da Harley e andar em moto japonesa hahahahah. Sonho de consumo é trabalhar no marketing da linha de acessórios da Harley. É simplesmente demais.

Neste final de semana...Highway!!!!! Vou deixar de dar balão na Dra M só para ir de moto na consulta! (Dra M, eu ando muito xarope, desculpa os canos).

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Não dá para ganhar todas


O Black Swan continua insistindo em sobrevoar as nossas cabeças. A última semana foi trash total e eu passei a manhã de sexta feira vendo desenho animado no PS do Einstein. Não foi nada demais. Poderia ser de ataque cardíaco a gravidez. Nem uma coisa nem outra. Era ataque de ansiedade. Culpa dessa ave idiota que quer botar ovo no meu telhado.


Prá continuar o ataque de mau humor... eu larguei a prova da Meia Maratona no meio. Putz, treinei uns 4 meses seguidos, mas não deu. Tá certo, vou ter que treinar bem mais e essa insônia tem que me dar trégua para eu conseguir treinar mais cedo. Com 1 hora de prova já estava 28 graus e ia ser bem punk. Se tivesse passado melhor os 10 dias anteriores ainda dava para arriscar. Mas sem dormir, comendo péssimo e com treino curto ferrou.


Conforme eu suspeitei, ia fazer 2 terços dos 21 Km. É o que eu fiz na São Silvestre mais os 2 km que eu corri entre o estacionamento e a largada. Mas tá valendo assim mesmo. 15 dias antes fiz um tempo ótimo na corrida da TRack and Field que a firma patrocinou. Muito Mauricinho e Patricinha, que não transpiram, chegam penteadinhos e cheirosos....putz, eu chego toda zoada, suada, bufando...queria saber a mágica de correr 10 Km e chegar como se fosse um passeio no shopping.


Ok, meta nova. Agora é a Meia Maratona do Rio. Primeira prova fora do circuitinho de Villa Lobos-USP-Jaguaré. Coisa de gente grande, hein?



quinta-feira, 12 de março de 2009

Vó Naza

Este blog anda meio abandonadinho por conta dos vôos razantes do Black Swan. E entre uma bicada e outra do bicho marquei bobeira e escorreguei no cigarro. Eu parei de fumar há 10 anos, e eu sei que cigarro não combina com nada. Mas vale a paradinha prá trocar uma idéia no fumódromo e para pensar nas coisas da vida. Numa destas paradinha de hoje eu fiquei pensando na Vó Naza.

Vó Naza é minha avó materna e faleceu há 3 anos. Hoje a família toda se reuniu num cartório para assinar os documentos de venda de um terreno que ela e o Vovô nos deixaram de herança. Somos afortunados por pertencermos a uma família que não se reúne só no cartório e nos enterros. O homem do cartório lia nome, estado civil e documentos de todos. Deu prá fazer um balanço rápido de quantos somos e quem somos: "Fulano separado consensualmente de fulana", "Fulano, profissão tal, mora em tal lugar".

De qualquer forma a Vó Naza construiu uma família e tanto. As mulheres são fortes e cheias de espírito nesta família. O São Paulo é o time oficial, e ai de quem não goste de uma boa bagunça e de torcer para o Tricolor. Todo mundo sabe da vida de todo mundo, e a gente discute a relação em volta da pizza (para desespero de alguns). Todo aniversário se comemora e se canta, a 23 de Maio é o caminho da roça, a mesa começa em 15 pessoas, todo mundo é padrinho de casamento de todo mundo.

No meio de muita emoção, garra e irrevência esta família se une na mesa do cartório, na casa de alguém ou na arquibancada do Morumbi. O importante é que esta família se une e permanece unida, e a Vó Naza fez um excelente trabalho.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

The black swan

A teoria foi descrita por Nassim Nicholas Taleb no seu livro The Black Swan. Segundo ele o cisne-negro é um evento imprevisível. A Internet, o computador pessoal, a I Guerra Mundial, e 11 de setembro de 2001 são Black Swan. O termo provém do pressuposto de que todos os cisnes são brancos. Nesse contexto, um cisne negro foi uma metáfora de algo que não poderia existir.

O que fazer quando aparece um cisne negro? A idéia principal de Taleb não é tentar prever quando um Cisne-Urubu-Negro vai aparecer, mas construir robustez ao negativo Black Swan, sendo capaz de captar os positivos. O problema identificado por Taleb é que as empresas são muito vulneráveis a Black Swans e foram expostos a enormes prejuízos que vão além do que seus modelos defeituosos foram projetados.

Taleb sugere critérios para identificar um evento Cisne Negro.
1. Evento aparece por completa surpresa.
2. Evento tem um grande impacto.
3. Evento, depois de ter aparecido, é "explicado" por imprudência humana.

A teoria do cisne negro pode ser aplicada a qualquer tipo de evento, seja na empresa, na sociedade ou na nossa vida privada. O impacto do altamente improvável pode ser avassalador em nossas vidas e ainda tenho que terminar o livro pra saber se o Taleb tem alguma dica.

Enquanto isso, vamos com fé em Deus. Porque só Deus é quem tem poder de fazer acontecer o altamente improvável positivo. Sou uma pessoa de fé e já vi mais de uma vez cisnes negros se transformarem em cisnes brancos. Acredito no poder da transformação, mas se pudesse, abateria a porcaria do cisne negro com uma espingarda de chumbinho.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

São Silvestre 2008

Nem acreditei quando estava lá no meio daquele monte de gente! Era MUITA gente mesmo. Neste ano correram 20 mil pessoas na 84a edição da São Silvestre. Olhei no site e fiquei surpresa quando vi que destes 20 mil só competiram 2700 mulheres. Também não acreditei que era 31 de dezembro de novo.

Gostei do meu resultado. Descontando a lerdeza da largada, paradinha pra comprar água e um beijinho no Hector na chegada, fiz em menos de 2 horas. No ano passado fiz em 2h15min. Não desconcentrei e lembrei das pegadinhas do trajeto, como uma turma que fica molhando os corredores numa ruazinha na virada do Minhocão. Estava muito calor e dava prá sentir o bafão subindo do asfalto, mas não curto a molhação. No ano passado levei um jato de água na orelha e não teve graça.

Na largada, me meti no meio da multidão e lá fui eu. Ou corre ou é atropelado. Tem gente que sai desenbestado, cotoveladas, caneladas, beijinhos para a Globo, muita zoação. Sem falar no monte de lixo que tem pelo chão, o que transforma a largada numa corrida de obstáculos. Encontrei um amigo do MBA acenando na calçada fui lá cumprimentar.

Não sei se é porque neste ano saí mais na frente, se era gente demais, se o povo estava meio em crise ou tudo isso junto, mas não vi tanta palhaçada como no ano passado. Ainda assim tinham uma figuras bem engraçadas, como 2 amigos que foram fantasiados de vaquinha e o povo gritava: "Tem leite, fresco?". Corri um bom pedaço atrás de uma Penelope Charmosa e ao lado de um cara com uma boneca nega-maluca nas costas (sei lá como se escreve). Também curti correr junto com um pelotão dos bombeiros, cantando aquelas musiquinhas e marcando o passo. Um sujeito levava uma Nossa Senhora Aparecida na cabeça, outro uma placa contra o preconceito e um grupo carregava a bandeira do Brasil, dizendo que era o povo quem levava o país nas costas.

Uma das coisas mais legais da São Silvestre é passar no centro de São Paulo. Como é lindo! Quando bate a canseira, olhar tudo o que São Paulo tem de bonito renova o fôlego. O pessoal que fica torcendo na calçada é super alegre e se diverte com as figuras do trajeto. As crianças esticam as mãozinhas para os corredores e batem palmas.

2008 foi um ano cheio de coisas boas, apesar do último trimestre ter sido um tumulto e a bolsa de valores ter me sacaneado. Tive que treinar em 45 dias o que estava programado para 90. Um cara atrás de mim dizia com razão que "uma coisa é treino e outra coisa é jogo, porque na hora vem uma motivação que não tem como reproduzir". No último quilometro veio força não sei de onde, meus olhos se encheram de lágrimas e gritei como louca quando vi o Hector na virada da Paulista com a Brigadeiro. Agradeci a Deus por estar ali e foi só no que pensei quando cruzei o pórtico de chegada. Valeu cada segundo e eu agradeço por ter o privilégio de poder viver esta emoção.

Confira o meu vídeo no link abaixo!
http://br.youtube.com/watch?v=mGpso2AxsxE