sábado, 28 de janeiro de 2012

Enquanto isso...

Faz tempo que não escrevo. Não queria encher o saco com "cornices". Entendam por "cornice" aquele sentimento que você tem quando o seu time perde. Meus textos andaram voando por aí com outros nomes e sobre outros assuntos. Sem vaidade autoral. Tudo que eu penso e sinto não tem espaço para estar aqui. Eu gosto do anonimato (um desafio para uma leonina).


Neste meio tempo... Eu tinha 2 cachorros, agora eu tenho um gato: O Banga. O nome Banga vem em homenagem ao Bangalafumenga, grupo de batuque carioca, que começou ano passado aqui em Sampa. Quem disse que paulista não samba? Samba sim! E uma amiga querida que toca tamborim me levou. Eu estava entediada, querendo fazer alguma coisa diferente. Então eu fui batucar. Eu toco repique no Bangalafumenga (eu tento, porque é uma arte). Eu tocava piano, flauta, gaita...agora batuco no repique, faço graça no tamborim e fico zoando num Mini Bongô (aquele que o Jô acha que toca e eu também). Enfim, o Banga é um gato preto vira lata que anda bagunçando a minha casa. E hoje a autoridade máxima da minha vida é o mestre de bateria, que manda em mim com um apito (abre pop up pra falar sobre bateria de escola de samba).


Eu não escrevi aqui neste Blog, mas andei escrevendo por aí. Alguém gostou e me convidou para twittar a personagem de um livro. Um livro colaborativo, o #PactodeSal. Foi editado esta semana e foi uma emoção só ver meu nickname Letiwings na abertura do livro. Foi divertido e esta história eu também conto outra hora. Muitas vezes era eu mesma, os conflitos reais, eu fiquei chateada quando meu par romântico fake me deu um pé na bunda. É porque eu sei o que é levar um pé na bunda. Fosse só um...


Também mudei de trabalho. Sempre na Natura do coração... voltando à minha praia. Foi legal andar por outras tribos, mas eu gosto de fazer sabonete, creme e perfume. Tudo que aprendi vem comigo e está sendo super válido, seja no trabalho ou como hobby. Por diversão acabei parando no livro! Tem gente que tem aflição em ter "seguidores", eu acho super divertido. Brinco com meus perfis, cada um tem seu Blog, seu MSN... calma, sou eu mesma, mas em diferentes versões.


Eu parei de correr porque cansei. Aí eu fui pedalar, mas eu fiquei com medo de virar carne moída e decidi que a corrida é melhor. Quando eu lembro das minhas corridas não parece que era eu. A Ginginha coitada, está esquecida na garagem. Logo ela vai pra alguém que curta muito, como eu já curti um dia. Se São Pedro ajudar e parar de chover eu consigo vender a minha moto. E das ondas eu ando longe também. Sei lá, me sinto mofada.


Muito resumidamente é isso. Estou adorando meu trabalho novo e curtindo demais os batuques e o carnaval. O carnaval carioca, que não tem cordinhas nem abadás. Aquele em que a gente põe uma fantasia e sai atrás do bloco. Aliás, os amigos cariocas me contaram que há toda uma inteligência atrás da fantasia. Por trás da fantasia tem todo um argumento da xavecação e da paquera. Eu morro de rir com estas coisas.


Então agora eu estou bastante empenhada no meu figurino de carnaval, já que o assunto não é assim tão trivial e inocente, e requer certa elaboração. Tem toda uma argumentação a ser desenvolvida para o carnaval carioca. Que venha o carnaval, com alegria, cor e fantasia! Vale cada bolha nas mãos e nos pés! Vale cada autobaquetada nos dedos e na cara! Sim, porque eu tenho o dom de na animação dar com a baqueta no nariz e aparecer com hematoma no dia seguinte!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Certezas

A autoria desta obra é contraditória, Já que, confunde-se pela net. Dizem que é um poema do mestre gaúcho Mario Quintana, outros dizem ser um texto da poeta Adriana Britto.

Agradecimento: Vinicius Grosbelli


Não quero alguém que morra de amor por mim…

Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.

Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo,quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.

Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim…

Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível…E que esse momento será inesquecível..

Só quero que meu sentimento seja valorizado.Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre…E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.

Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém…e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos,que faço falta quando não estou por perto.

Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras,alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho…Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento… e não brinque com ele.

E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe…Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia,e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos,talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.

Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas…Que a esperança nunca me pareça um “não” que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como “sim”.

Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim,sem ter de me preocupar com terceiros…Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.

Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão…Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas,que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim…e que valeu a pena.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Virando a página

Virar a página é a expressão comum para dizer que vamos passar a uma nova fase ou devemos deixar algo para trás. Talvez eu não esteja virando uma página, mas escrevendo um novo livro.

O primeiro post deste blog falava do filme Tróia, da minha opinião sobre escolher Aquiles ou Hector. Hector foi a minha escolha, e foi o nickname do meu companheiro marido nestes anos. Pois bem, Tróia termina sem Hector e sem Aquiles. Não tenho mais um Hector. Meu Hector não morreu de forma trágica como no filme. Nós nos divorciamos no cartório há 15 dias.

Eu não digo que o meu casamento deu errado. Ele deu certo por 12 anos. Não pretendo neste blog destilar mágoas, falar mal do meu Ex-Hector ou desonrar a minha história. Seria um desrespeito a mim mesma, à nossa história, nossas pessoas queridas coadjuvantes de tantos momentos preciosos. Infelizmente as histórias acabam, e a nossa acabou. Obviamente muitas coisas foram ditas, mal compreendidas, ainda estão em processamento. Mas jamais haverá outro Hector. Quando houver, eu lhe darei outro nome.

Este blog ficou mudo por bastante tempo. Sempre foi divertido ou polemico, mas nunca triste. Ficou mudo por tristeza e por respeito a quem le. Que nao leiam coisas chatas, sabendo quem eu sou. Para isso eu escrevo por ai de forma anonima, poupando a mim mesma do vexame que as vezes se torna viver a vida. Anonimamente eu compartilho minha vergonha alheia e vejo que a minha história é tão comum e igual a tantas outras.

Lets Go! The show must go on! Não sei como e não sei quando. Mas eu gosto deste espaço e tenho certeza que vou preenche-lo com alegria.

segunda-feira, 14 de março de 2011

A borboleta azul

Fernando Pessoa

Havia um viúvo que morava com suas duas filhas curiosas e inteligentes. As meninas sempre faziam muitas perguntas. Algumas ele sabia responder, outras não. Como pretendia oferecer a elas a melhor educação, mandou as meninas passarem férias com um sábio que morava no alto de uma colina.

O sábio sempre respondia todas as perguntas sem hesitar. Impacientes com o sábio, as meninas resolveram inventar uma pergunta que ele não saberia responder. Então, uma delas apareceu com uma linda borboleta azul que usaria para pregar uma peça no sábio.

- O que você vai fazer? - perguntou a irmã.
- Vou esconder a borboleta em minhas mãos e perguntar se ela está viva ou morta. Se ele disser que ela está morta, vou abrir minhas mãos e deixá-la voar. Se ele disser que ela está viva, vou apertá-la e esmagá-la. E assim qualquer resposta que o sábio nos der estará errada!

As duas meninas foram então ao encontro do sábio, que estava meditando.

- Tenho aqui uma borboleta azul. Diga-me sábio, se ela está viva ou morta?

Calmamente o sábio sorriu e respondeu:

- Depende de você... Ela está em suas mãos.

Assim é a nossa vida, o nosso presente e o nosso futuro. Não devemos culpar ninguém quando algo dá errado. Somos nós os responsáveis por aquilo que conquistamos (ou não conquistamos). Nossa vida está em nossas mãos, como a borboleta azul... Cabe a nós escolher o que fazer com ela. O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas inseparáveis.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Jogos de Azar

por @desejosocultos


Hoje vamos falar de jogos de amor ou, se preferir, jogos de azar. Sim, porque conheço pessoas que estão jogando há anos nos relacionamentos e, até agora, mais perderam do que ganharam com isso. E pior: não se deram conta de que jogar vicia e de que, mais do que dinheiro, estão perdendo sua dignidade.

Quem disse que uma pessoa interessada em outra não pode manifestar esse interesse? Como assim o xeque-mate é proibido? Desde quando um jogador que foca mais no comportamento dos outros jogadores do que no seu objetivo final venceu uma partida? Os bons jogadores que eu conheço atacam, não recuam. Esses são vencedores. Claro que fazem isso de maneira coerente, tem um ritmo, um movimento certo, um momento ideal de tomar determinada atitude. Mas uma coisa é certa: eles não fogem da dividida.

Por isso, fico bastante incomodada ao ver dicas como “nunca ligue”, “banque sempre a difícil”, “cumprimente-o como se ele fosse outro cara qualquer”. Qual é o cara que vai se sentir valorizado assim? Assim como nós, eles também precisam de sinais para entender qual deverá ser a sua próxima jogada. Se você mostrar cartão vermelho toda vez que ele se aproximar, ou ele vai entender que é carta fora do seu baralho ou você será carta fora do baralho dele rapidinho.

Portanto, se você acha mesmo que isso tudo é um jogo, valorize o seu adversário, mostre pra ele o quanto ele é bom e vencê-lo terá outro sabor. Que ironia, né? No fim, ser autêntico, transparente e verdadeiro é que é apostar todas as fichas e deixar os dados rolarem.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Solidão a dois

Por @Desejos Ocultos

Estar sozinho não é tarefa fácil, eu sei. Não ter aquele amigo de fé com quem escolher o sabor da pizza, a família por perto para dar conselhos sobre a nossa vida ou um amor com quem dividir a cama e os planos de vida todas as noites é como viver sem sentir-se completo. Mas você já pensou em como é se sentir sozinho?

Existem pessoas que tem tudo: um emprego em que trabalham oito horas por dia e ganham bem, uma casa na praia de frente pro mar, uma agenda cheia de compromissos sociais e até uma família de propaganda de margarina e, mesmo assim, convivem com esse sentimento. Acredite: com algumas delas você se depara no seu dia-a-dia. Sei disso porque são fáceis de identificar pelo olhar perdido, pelo vazio que carregam, pelo silêncio dentro de si que grita - e que eu ouço.

Sempre tive o costume de prestar atenção nos indivíduos, desde os objetos que carregam – e que revelam grande parte da sua identidade, de seus valores e interesses – até o comportamento que adotam diante de determinadas situações. Às vezes chego a imaginar uma história inteira de vida para algum motorista preso no trânsito enquanto espero o meu ônibus; noutras, penso que não sou normal ao fazer isso. Em raros casos, tenho vontade de sorrir gratuitamente pra pessoa ou de oferecer-lhe um abraço apertado. Em uma única situação, fiz isso de verdade. E naquele instante nós percebemos que eu tinha despertado um sentimento de vivacidade que estava adormecido há tempo, um verdadeiro agente transformador - se não da vida daquela pessoa, pelo menos do seu dia. A solidão e a amargura tinham se dissipado. Voilá. ” Ufa”, pensei. Deu certo.

Portanto, se algum dia você identificar alguém que se sente sozinho (você precisará ter um senso apurado, porque é muito difícil falar abertamente sobre isso – normalmente essas pessoas agem com naturalidade), ouse mostrar que você a percebe, que participa do seu momento e que agora ela não precisa mais se sentir assim. Afinal, quanto mais se compartilha solidão, mais ela desaparece, dando lugar à plenitude.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Homem-Homem x Homem-Vampiro

Este texto foi escrito por uma jovem amiga que conheci no Twitter sob o nick name de Desejos Ocultos. Estou emprestando o espaço do meu blog para publicar seu primeiro post. Que honra! Gosto muito de suas idéias e admiro a sensibilidade que ela tem para expressar os desejos e sentimentos ocultos da alma feminina.

“Homem não presta” é a frase hit do momento, virou moda nos últimos tempos e tomou uma dimensão maior do que o Rebolation no verão passado. Grande besteira. Aliás, as duas coisas.

O homem não presta porque não liga, porque não manda um SMS ou porque não aparece em um cavalo branco salvando a princesa do seu quarto sem graça e com as paredes cheias de pôsteres do último filme da Saga Crepúsculo. Vem cá, as mulheres querem um homem-homem ou um homem-vampiro, afinal?

Porque os homens-vampiro que conheço são aqueles que nos levam ao nosso limite, que nos fazem perder a cabeça, a naturalidade, o tino. Fazem o nosso sangue ferver e isso os alimenta, os satisfaz. São sedutores, cheirosos, bem vestidos e normalmente os encontramos à noite, sozinhos ou em grupos, à procura de novas vítimas que sucumbam às suas atitudes premeditadas e ao seu falso encanto. Depois de sugarem você, te deixam descansar pra sempre no caixão, porque dali em diante você morreu pra eles. Já não há o que você possa oferecer para sanar sua sede. Então agora aceite: só lhe resta viver a sua sobrevida.

Por outro lado, os poucos homens-homem com quem convivo - e que me fazem feliz - gostam de cerveja, futebol e mulher pelada (ainda bem). Eles tem barba cerrada, preparam um churrasco maravilhoso, contam piadas engraçadas e fazem eu me sentir acolhida e amada, oferecendo um ombro amigo, um conselho de pai, o calor de um namorado. Sim, o jeito muitas vezes rude, estabanado e “Petruchio” de ser é o que realmente me encanta neles, pois são homens mais puros, menos polidos. Arrisco dizer que são inclusive mais ingênuos e, por isso, verdadeiros.

Eles têm instinto protetor, delimitam e dominam seu território, são praticamente selvagens. Estão sempre prontos a defender seus interesses e a afastar qualquer ameaça, porque se revelam fortes e corajosos a cada sinal de perigo, tomando as rédeas da situação e mostrando quem está no comando. E assim conquistam não só o nosso respeito, mas também orgulho e admiração. E você ainda diz que eles não prestam?

Identifico em todos os meus grandes amores- irmãos, amigos, pai e namorado - homens-homem que em nada se assemelham aos homens-vampiro, mas que, por sua postura e atitudes, estão muito próximos dos lobos, prontos a enfrentar quem ousar cruzar o seu caminho.